Ciência
03/06/2023 às 07:00•2 min de leitura
Por mais que Galileu Galilei tenha se tornado o primeiro ser humano na história a utilizar um telescópio, em 1609, seu interesse descontrolado para saber mais sobre o Universo observável ao nosso redor não era pioneiro. Por milhares de anos, diversas civilizações antigas ao redor do planeta tentaram entender as estrelas — tendo resultados impressionantes ou não.
E para tentar falar um pouco mais sobre a conexão entre humanos e espaço, nós fomos atrás de dados que mostram como nossa espécie sempre se mostrou dedicada a desbravar tudo aquilo que existe fora de nosso planeta. Veja só cinco observatórios antigos construídos por nossos antepassados para olhar as estrelas de perto!
(Fonte: Getty Images)
Originalmente construído em 1442, o Observatório Antigo de Pequim nada mais era do que uma evolução de um observatório menor estabelecido no mesmo local em 1227. A estrutura contava com oito instrumentos originais instalados pela Dinastia Ming para poder observar as estrelas e estudar o céu noturno.
A lista incluía grandes versões de ferramentas cartográficas, como um sextante ornamentado, e até mesmo instrumentos mais exóticos, como uma esfera armilar. Atualmente, o prédio faz parte do Planetário de Pequim e abriga um museu dedicado à astronomia chinesa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Com cerca de 30 metros de altura e construída no nordeste do Irã, a Radkan Tower é uma torre cilíndrica que por muito tempo foi vista como uma tumba antiga ou um farol para os viajantes da região. No entanto, existem evidências de que tal prédio foi um instrumento sofisticado da ciência astronômica há quase 800 anos.
Datado para meados do século XIII, o local foi desenvolvido por Nasir al-Din Tusi, um dos maiores estudiosos persas da época. Tusi é também conhecido por fundar o observatório pioneiro do Azerbaijão, que teria coletado algumas das informações mais valiosas sobre as estrelas e o céu junto da Radkan Tower.
(Fonte: Getty Images)
Embora pareça uma aleatória construção, o Círculo de Goseck é uma verdadeira estrutura neolítica composta por fileiras circulares de postes de madeira construída em um campo de trigo na Alemanha. Estima-se que, por volta do século V a.C., o recinto era usado por motivos religiosos e para rastrear os movimentos do mundo celestial.
A região foi descoberta em 1991 e escavada apenas no início dos anos 2000. A reconstrução de suas estruturas mostram um fenômeno muito interessante: no início do solstício de inverno, o Sol nasce alinhado exatamente com o portão sudeste e se pões atrás do portão sudoeste — o que mostra um entendimento do Universo por parte dos antepassados.
(Fonte: Getty Images)
Conhecido por ser um lugar antigo e místico, o Parque Nacional Histórico da Cultura Chaco é um grande achado cultural preservado da história pré-colombiana na América Latina. Os edifícios construídos em território mexicano estão alinhados para capturar os ciclos do Sol e da Lua.
Atualmente, o parque possui um observatório um pouco mais moderno e recebe visitas regulares de turistas interessados em observar o céu noturno nos fins de semana de verão. Devido à condição delicada da área sujeita a erosão, algumas partes são proibidas ao público.
(Fonte: Getty Images)
Dentro da Escócia gaélica, uma tumba com câmara está protegida dentro de uma roda feita por fileiras de pedra em formato de círculo — as quais formam uma espécie de cruz rudimentar. Esse espaço é conhecido como as Pedras de Callanish e teria sido erguido há cerca de 5 mil anos.
Embora as pedras tenham sido usadas para rituais religiosos no passado, pesquisadores acreditam que os megálitos presentes ali agiam como uma espécie de observatório astronômico ou calendário celestial para nossos antepassados.