Ciência
16/07/2023 às 05:00•3 min de leitura
Quando pensamos na relação estabelecida entre presa e predador, automaticamente imaginamos algum animal feroz indo atrás de uma vítima indefesa. Contudo, esquecemos que as plantas também são seres vivos que fazem parte dessa equação e precisam constantemente lutar para sobreviver na natureza.
Porém, como esses seres que parecem ser tão indefesos conseguem evitar a morte pelas mãos de seus predadores naturais? Embora as plantas soem como seres vivos extremamente simples, muitas de suas espécies possuem estratégias mirabolantes para permanecerem vivas. Veja só seis das técnicas mais incríveis usadas pelas plantas para se defender!
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Quando danificadas por alguma praga, as plantas do milho costumam liberar compostos químicos que agem como um sinal de socorro e atraem vespas para elas. Esses produtos químicos são chamados de terpeno sintase, que são enzimas produtoras de um cheiro adorado pelos insetos.
Mas como isso pode ajudar? As vespas que são atraídas chegam para proteger o caule do milho destruindo qualquer praga lá existente. Algumas espécies de vespas parasitas até mesmo depositam seus ovos dentro dos corpos de pragas como lagartas, o que eventualmente mata o perigo e ajuda a controlar o problema.
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Sendo um dos vegetais preferidos do mundo, o brócolis pode até parecer um ser vivo inofensivo. No entanto, todo brócolis carrega consigo o sulforafano, um composto vegetal natural que serve como uma proteção contra pragas e doenças — atuando como um veneno para os predadores.
Para a nossa sorte, no entanto, o sulforafano é um excelente complemento para nossas dietas. Essa substância tem efeitos protetores nas células contra o estresse oxidativo e pode também atuar como um antioxidante capaz de reduzir inflamações.
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Para evitar ser contaminada com fungos, a pimenta chili utiliza sua picância como um verdadeiro mecanismo de defesa capaz de suprimir qualquer ameaça que tentar perfurar sua casca. A maior ameaça é o fungo do gênero Fusarium, que destrói as sementes da planta antes que elas possam ser comidas e amplamente distribuídas por pássaros.
As substâncias químicas que tornam as pimentas tão picantes são chamadas de capsaicinoides, responsáveis por diminuir drasticamente o crescimento microbiano.
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Se metade do mundo depende do café para sobreviver a um dia de trabalho, isso só é possível graças aos mecanismos de defesa adotados pela planta do café. Inclusive, a cafeína — que fornece a energia do nosso dia — é um pesticida natural usado pelo cafeeiro para se proteger de pragas e outras plantas concorrentes.
A cafeína possui fortes poderes antibióticos e antifúngicos para a planta, também causando esterilidade em vários insetos. Contudo, o acúmulo de cafeína no solo derrubado por essas plantas pode ser responsável por matá-las, uma vez que o nível de toxicidade fica muito alto.
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Quem é que não ama uma batata frita, cozida ou simplesmente um purê de batata, não é mesmo? Para se proteger de pragas e doenças, a planta da batata produz uma variedade de compostos químicos responsáveis por frear a ação de criaturas herbívoras e patógenos.
A ingestão de grandes quantidades de solanina, a substância produzida, pode levar a problemas digestivos e até mesmo ser letal para animais e humanos.
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A mandioca frita ou cozida pode ser um alimento extremamente delicioso. Porém, sua versão encontrada na natureza é bastante perigosa. Tanto as raízes, cascas e folhas da mandioca possuem dois glicosídeos cianogênicos chamados de linamarina e lotaustralina.
Esses compostos liberam cianeto de hidrogênio, um composto bastante tóxico que acaba com qualquer tipo de praga, mas que também faz mal para os seres humanos. Por esse motivo, é sempre recomendado fermentar a mandioca antes de consumi-la.