Sistema Solar pode ser 1 milhão de anos mais velho, diz estudo

07/08/2023 às 08:002 min de leitura

A idade do nosso Sistema Solar não apenas é uma questão importante a ser respondida pela ciência, como também é a melhor forma que nós temos de conectar como as estrelas e os planetas surgiram. Novas medições feitas por meio de meteoritos, no entanto, indicam que os números obtidos anteriormente podem um tanto quanto equivocados. 

O novo estudo sugere que o Sistema Solar possui 4,5684 bilhões de anos, com margem de erro de 240 mil anos. As estimativas anteriores eram cerca de 1,1 milhão de anos a menos que os dados recém-obtidos. Embora a diferença seja relativamente pequena, muita coisa ainda poderia ter acontecido na escala planetária de 1 milhão de anos.

Medindo a idade do Sistema Solar

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Para conseguir determinar a idade aproximada do nosso Sistema Solar, não é como se os cientistas envolvidos no projeto tivessem o auxílio de um calendário ou cronômetro. Ao observar a composição química de determinados minerais nos meteoritos, a ciência consegue ter uma ideia de quando eles se formaram — um indicador de quando surgiram os primeiros "blocos de construção" do Sistema Solar.

“Para aprender sobre o nascimento dos planetas e a história dos primeiros milhões de anos do nosso Sistema Solar, estudamos meteoritos que testemunham esta era”, escreveram os pesquisadores da Arizona State University em seu artigo. De acordo com os estudiosos, restringir os momentos em que esses componentes se formaram é parte crucial do processo. 

Dessa forma, é possível ter uma ideia de quando as primeiras colisões ocorreram dentro da nebulosa solar que formou o Sistema Solar que estamos inseridos, e como todos esses eventos se desencadearam naquilo que conhecemos hoje. Em particular, as amostras mais interessantes para se analisar são as inclusões ricas em cálcio e alumínio (CAIs) encontradas nestes meteoritos.

Novas estimativas

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Ao analisar de perto as proporções específicas de isótopos — mesmos elementos químicos com diferentes números de nêutrons em seu núcleo — os cientistas podem descobrir há quanto tempo as rochas em questão se formara. A estimativa anterior baseava-se nas proporções de isótopos de chumbo em CAIs. Contudo, parecia que as proporções de alumínio eram discordantes, o que sugere que a nebulosa solar primordial era diversificada e não da mesma forma em todas suas partes.

Isso mostrou ser um grande problemas para as estimativas, uma vez que exigia algo para tornar a nebulosa tão heterogênea. O estudo sugere que explosões solares intensas ou uma supernova teriam que ter acontecido muito perto. "Foi exatamente com isso que o nosso Sol nasceu", acrescentaram os pesquisadores à New Scientist

Logo, o novo estudo produzido pela Arizona State University fornece uma imagem muito mais clara e simples de como o Sistema Solar inicialmente se formou, mesmo que isso signifique que ele tenha ganhado alguns aninhos no Universo.

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