Artes/cultura
26/10/2023 às 06:30•2 min de leitura
Quando falamos em meio-ambiente, nem sempre as notícias são boas. Contudo, ao contrário do que pode parecer, há, sim, alguns motivos para comemorarmos. Muitos animais que estavam seriamente ameaçados de extinção conseguiram sair dessa lista graças ao trabalho árduo de pesquisadores do mundo todo.
Vamos conhecer alguns casos em que esses animais selvagens ganharam uma nova chance, devido ao grande esforço e investimentos para preservá-los?
(Fonte: Getty Images)
O panda-gigante era praticamente um símbolo mundial da degradação ambiental. Nos séculos passados, sua população foi entrando em declínio acelerado. As causas eram muitas, como a perda de habitat e a caça.
O principal alimento dos pandas é o bambu. Por isso, eles dependem da preservação dessas florestas. Nos últimos anos, o governo chinês tem investido pesado na criação de reservas florestais. Entre os muitos benefícios dessa medida está o aumento de oferta de comida para os pandas.
O governo também aumentou as penas para crimes ambientais. Caçar, transportar ou vender um panda é motivo para ficar até 10 anos preso. Entre 2005 e 2015, o número de pandas-gigantes vivendo em liberdade aumentou 17%.
Ainda há um caminho longo a percorrer, mas tudo indica que a China está empenhada em salvar o seu animal símbolo.
(Fonte: Getty Images)
Outro animal símbolo de um país, a águia-careca está conseguindo se recuperar do iminente risco de extinção. No século passado, esse pássaro sofreu seriamente com os efeitos do DDT, um pesticida muito usado nas lavouras dos EUA.
O veneno enfraquecia os ovos, que se quebravam com facilidade. O resultado dessa contaminação foi uma vertiginosa queda no nascimento de filhotes. Em 1960, elas estavam praticamente extintas — foi aí que as autoridades decidiram agir.
Em 1970, o DDT foi proibido e a águia-careca foi incluída na lista de animais ameaçados de extinção do país. Décadas depois, essas medidas parecem ter surtido efeito, pois a população desse animal tem aumentado constantemente.
Cientistas de todo o mundo acreditavam que o sapo-arco-íris estava completamente extinto. Esse anfíbio não era visto há 87 anos, quando um pesquisador o encontrou, em 2011. O anfíbio é típico de Bornéu, uma ilha tropical no leste asiático.
Esse sapo chama a atenção por suas cores vibrantes. Como muitos animais, ele é extremamente sensível às mudanças ambientais. Todavia, o seu ressurgimento aumenta as esperanças sobre um crescimento em sua população, além da volta de outros bichos dessa ilha que também são considerados extintos.
(Fonte: Getty Images)
O diabo-da-tasmânia ficou seriamente ameaçado de extinção — e, dessa vez, aparentemente, a culpa não foi da humanidade. Esses animais foram acometidos por um agressivo tipo de câncer contagioso. Os marsupiais foram adoecendo rapidamente, morrendo e contagiando outros bichos em um ciclo que parecia culminar no inevitável fim dessa espécie.
Foi então que cientistas australianos entraram em campo e iniciaram pesquisas para entender a doença. A criação de animais em cativeiro foi uma alternativa para controlar o nascimento de indivíduos saudáveis.
Os diabinhos ainda não estão completamente salvos. Mas a boa notícia é que os cientistas australianos têm obtido bons resultados nessa luta pela sobrevivência.
Fonte: Getty Images)
No final do século passado, o mundo debateu fortemente sobre o futuro das baleias. Muitas espécies de baleias estavam seriamente ameaçadas de extinção, entre elas, a baleia-azul.
A caça era o principal fator de risco para a sobrevivência desses animais. Sua gordura é usada em alguns processos industriais e a sua carne é apreciada em muitos países, como o Japão.
Com exceção do Japão, da Noruega e da Islândia, a caça às baleias é proibida. Isso fez com que a população de muitos desses animais, como a baleia-azul, voltasse a crescer.
No Brasil, o rei Roberto Carlos gravou uma música para sensibilizar a população sobre a necessidade de preservar esses mamíferos.