6 formas como as orcas exibem sua inteligência na natureza

29/10/2023 às 14:003 min de leitura

As orcas estão facilmente entre algumas das criaturas mais famosas nos mares, exibindo dominância no topo da cadeia alimentar e causando medo até mesmo em alguns predadores perigosos. No entanto, uma das características mais incríveis sobre essas criaturas é que elas são muito mais inteligentes do que nós poderíamos imaginar.

Elas têm vidas sociais ricas e distintas, aprendendo uma notável variedade de estratégias de caça para abater tudo que surge em sua frente, desde baleias azuis até grandes tubarões brancos. Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis formas curiosas como as "baleias-assassinas" exibem sua inteligência na natureza!

1. Cerimônias de saudação

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Um fato curioso sobre as orcas é que elas possuem rituais sociais complexos e até participam do que os investigadores chamam de "cerimônias de saudação". Essas interações ocorrem quando orcas se alinham em duas fileiras e depois realizam um glorioso mergulho juntas.

Durante esses eventos, cientistas notaram que a saudação coincidiu com o nascimento de um filhote. Três grupos de orcas se reuniram no Estreito de Juan de Fuca, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, em 2020. Enquanto "assobiavam" umas para as outras, uma fêmea grávida produziu um filhote. Ao que tudo indica, os animais estavam ali basicamente para celebrar a chegada de um novo membro.

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2. Dialeto distinto

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

As orcas tendem a viver em grupos baseados em mães aparentadas e seus descendentes. Cada um desses grupos, no entanto, desenvolve sua própria comunicação, com dialetos diferentes dentro de um mesmo idioma. A espécie pode até mesmo aprender a imitar novos sons, o que pode ajudá-la a formar esses dialetos.

Inclusive, pesquisadores já conseguiram ensinar uma orca fêmea em cativeiro a imitar palavras humanas como "olá" e "tchau", bem como o chamado de alguns outros animais.

3. Estratégias de caça

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Essas criaturas aprendem estratégias de caça altamente especializadas desde pequenas e costumam passar esse conhecimento aos seus descendentes. Algumas baleias-assassinas na Argentina encalham propositalmente para capturar focas na costa do país.

Enquanto isso, na Antártida, outras populações criam ondas para empurrar as focas para fora do gelo flutuante. E não são apenas as focas que sofrem com essas técnicas. As orcas são especialistas em caçar salmões no Pacífico, baleias-de-bico na Austrália e arraias na Nova Zelândia.

4. Laços de amizade

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Um estudo de 2021 publicado na revista Proceedings of the Royal Society B descobriu que os laços sociais das orcas são comparáveis aos observados em primatas, incluindo humanos. De acordo com os pesquisadores, cada orca tende a interagir mais com determinados membros de seu grupo — geralmente aqueles de idade semelhante e do mesmo sexo.

Portanto, é quase como se esses cetáceos fossem capazes de formar laços de amizade por grau de afinidade, buscando indivíduos mais parecidos consigo para se aproximar.

5. Sentimentos aflorados

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Em 2018, investigadores avistaram uma orca fêmea aparentemente angustiada empurrando seu filho recém-nascido morto. O animal em questão empurrou o cadáver por pelo menos 17 dias, percorrendo 1,6 mil km de oceano antes de finalmente soltá-lo.

O Center for Whale Research descreveu o ato como um "passeio de luto". As orcas são animais que parecem demonstrar vários sentimentos. No entanto, cientistas evitam usar termos como "tristeza" para não espelhar sentimentos humanos na vida selvagem.

6. Cérebros gigantes

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O cérebro de uma orca pode pesar até 6,8 kg e costuma estar bem equipado para analisar ambientes subaquáticos. Uma das ferramentas intelectuais mais impressionantes usada por esses animais envolve a ecolocalização, que nada mais é do que a criação de ondas sonoras para localizar presas. 

Os pesquisadores acreditam que as baleias-assassinas, sobretudo aquelas que moram no sul, são capazes de distinguir o salmão chinook de outros peixes através desse incrível recurso. 

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