4 fatos fascinantes sobre o cérebro dos animais

02/12/2023 às 05:002 min de leitura

O cérebro humano é um órgão esplêndido e realmente impressionante: ele consegue agrupar mais de 100 mil neurônios em um espaço correspondente a um grão de areia. Contudo, ele não o único animal a chamar atenção por conta de seu sistema nervoso.

Os cérebros de alguns animais também possuem certas características peculiares que estão diretamente relacionadas à sua sobrevivência. Neste texto, compartilhamos quatro informações incríveis sobre eles!

1. Os nove cérebros dos polvos

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O sistema nervoso inteiro dos polvos é realmente impressionante, afinal, ele precisa controlar cada um de seus oito tentáculos de forma semi-independente do resto do corpo. Para garantir essa façanha, os polvos não têm um sistema nervoso centralizado, embora haja um cérebro principal que comanda o resto.

Dos 40 milhões de neurônios dos polvos, 60% deles estão dentro de seus tentáculos. Cada grupo de neurônios funciona como um "minicérebro", permitindo que cada tentáculo processe informações sensoriais e controle seus movimentos.

Por isso, pode-se dizer que os polvos têm 9 cérebros, o que facilita na atuação de cada uma de suas diferentes partes. Há um cérebro central que comanda as decisões cruciais, e os outros que agem em funções menos importantes. E mesmo se os tentáculos de um polvo forem cortados, os minicérebros continuam funcionando.

2. O grande cérebro das aranhas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

As aranhas têm um cérebro muito grande em relação ao seu corpo. Faz sentido, já que tecer teias complexas exige muita capacidade intelectual. Inclusive, pesquisadores descobriram que, em aranhas menores, o sistema nervoso central pode ocupar até 80% de sua estrutura.

Alguns desses aracnídeos são tão inteligentes que seu cérebro pode se projetar para dentro dos membros. Quando são filhotes, seus corpos ficam distendidos para acomodar esse órgão enorme.

3. As baratas podem sobreviver um tempo sem a cabeça

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

É comum a gente difundir a ideia de que as baratas são os animais mais resistentes que existem. E faz sentido: se por acaso uma barata for decapitada, ela ainda consegue sobreviver por um tempo.

Isso ocorre porque o sistema circulatório da barata tem uma pressão arterial muito mais baixa que a dos humanos. Por isso, quando ela perde a cabeça, não há uma perda catastrófica de sangue. Há também um tecido nervoso espalhado em várias seções do seu corpo, fazendo com que o organismo continue desempenhando funções básicas, como o movimento.

Além disso, as baratas conseguem respirar por meio de pequenos orifícios chamados espiráculos. E o mais bizarro de tudo é que a cabeça da barata pode sobreviver por um tempo se for mantida na geladeira com um suprimento de nutrientes.

4. O cérebro resistente do pica-pau

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Muita gente já se questionou: como é que o pica-pau consegue ficar batendo a cabeça contra uma árvore sem sofrer danos cerebrais? Até recentemente, imaginava-se que esta ave era capaz dessa façanha por ter uma espécie de área esponjosa no crânio, perto do bico, que amorteceria os golpes. Outra hipótese é que a longa língua do pica-pau serviria como algo semelhante a um cinto de segurança do cérebro.

Mas não é nada disso. Em 2022, uma equipe de cientistas analisou vídeos de pica-paus em plena atividade e descobriu algo interessante: o tamanho e o formato do cérebro dessa ave evitam que ele sofra de uma pressão intracraniana perigosa. 

Além disso, sua cabeça tem um espaço mínimo para o líquido cefalorraquidiano, o que significa que o cérebro se movimenta pouco dentro do crânio. Segundo os pesquisadores, o pequeno animal poderia até usar o dobro da velocidade normal antes de sofrer uma lesão cerebral considerável.

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