Ilha vulcânica recém-formada segue crescendo no Japão

12/12/2023 às 06:222 min de leitura

Uma nova imagem tirada do espaço mostra que uma ilha formada por fogo vulcânico nos mares do Pacífico, ao largo do Japão, ainda está emergindo do mar desde o final de outubro de 2023. A nova ilha vulcânica, que foi batizada de Niijima, foi fotografada pelo satélite Copernicus Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia (ESA) no dia 27 de novembro.

Segundo os pesquisadores, a atividade vulcânica subaquática que deu origem à ilha na costa sul de Iwo Jima continua acontecendo. A Universidade de Tóquio disse em comunicado que as origens da ilha podem ser atribuídas a uma erupção vulcânica que gerou magma quente e escaldante, forjando pedaços de rocha com vários metros de comprimento uma vez que entrou em contato com o oceano.

Formação da nova ilha

À medida que os escombros vulcânicos iam se acumulando e rompiam o mar, a nova ilha foi surgindo a 1,2 mil km de distância de Tóquio. O novo território foi fotografado do espaço pela primeira vez pelo satélite Landsat-9, da NASA, no dia 3 de novembro. Niijima continuou ativa desde o seu nascimento violento. No dia 27 de novembro, a Guarda Costeira do Japão compartilhou imagens em suas redes sociais que mostram a ilha sendo abalada por uma nova erupção vulcânica.

O vídeo mostra vapor branco e fumaça saindo da ilha fumegante antes de uma enorme explosão irromper de seu membro inferior esquerdo. Após a explosão, pedaços de rocha vulcânica enegrecida seguidos por rastros de fumaça podem ser vistos caindo de volta para Niijima enquanto a ilha é abalada por uma série de rajadas menores.

Apesar dessas novas explosões, imagens mostram que a ilha recém-formada permanece intacta, pelo menos por enquanto. Em entrevista à Associated Press, o especialista em divisão vulcânica da Agência Meteorológica do Japão, Yuji Usui, disse que a sobrevivência de Niijima pode depender do tipo de rocha que tem sido feita pelas explosões vulcânicas. 

Desenvolvimento de Niijima

(Fonte: ESA/Divulgação)(Fonte: ESA/Divulgação)

Na época em que as explosões pipocaram em Niijima, o mar estava arrastando as rochas mais quebradiças ao redor da periferia da ilha, e a atividade vulcânica havia acalmado. Isso fez com que a ilha encolhesse por um momento, ao contrário da atividade vulcânica renovada e do crescimento da ilha observados no dia 27 de novembro. Essa nova lava endurecida pode estar destinada a permanecer para sempre, ao passo que, se for uma rocha mais leve e mais fracamente ligada, poderá ser dispersa de volta ao Pacífico. 

Niijima está localizada sobre uma cadeira de vulcões subaquáticos que marcam o chamado "Anel de Fogo", uma ferradura de 40 mil km que se estende desde o extremo sul da América do Sul, correndo ao longo da costa da América do Norte, passando pelo Japão e descendo até a Nova Zelândia. Os 452 vulcões e fossas subaquáticas que compõem essa região são o resultado do afundamento de placas geológicas sob a placa geológica norte-americana — um processo chamado subducção.

Isso derrete rochas nas partes superiores do manto terrestre, criando magma que retorna à superfície da Terra através de rachaduras na crosta, dando origem a vulcões que entram em erupção para criar e desenvolver novos lugares como Niijima. 

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