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25/12/2023 às 02:00•2 min de leitura
Como determinar as descobertas científicas que mais impactaram o ano de 2023? A National Geographic buscou aquelas que mais falam sobre quem nós somos e quem nós podemos ser. Um olho no passado e outro no futuro, para determinar a história dos homens e de todo o nosso planeta. Confira a seleção:
Em junho, o North American Nanohertz Observatory for Gravitational Waves disse que foram detectadas ondas gravitacionais de baixa frequência. Elas teriam origem na interação entre buracos negros supermassivos, que poderia comprovar a Teoria da Relatividade de Einstein, gerando ondulações no tecido tempo-espaço.
Interação de buracos negros deu origem às ondas. (Foto: Reprodução Live Science)
Neste ano, foi apresentado um protótipo de implante que consegue decodificar ondas cerebrais em palavras e frases. A tecnologia utiliza inteligência artificial e tem levantado debates sobre questões éticas de sua aplicação. Mesmo assim, pode melhorar significativamente a comunicação de pessoas com problemas na fala.
Implante cerebral pode devolver a voz a quem perdeu. (Foto: Brown University)
A baleia-azul moderna era considerada o maior animal de todos os tempos, mas perdeu o posto para uma prima distante. As baleias da espécie Perucetus colossus, com fósseis encontrados na costa do Peru, viveram há 37 milhões de anos e eram colossais. Novos estudos indicam que elas poderiam alcançar 20 metros de comprimento e 340 toneladas. A baleia-azul pode chegar a 30 metros, mas dificilmente ultrapassa 200 toneladas.
Representação da baleia pré-histórica. (Imagem: Adamworks)
Um “reino esquecido” foi encontrado em fósseis extraídos da Austrália. Trata-se de formas de vida chamadas de eucariotos e formadas por células sofisticas que datam de 800 milhões a 1,6 bilhão de anos. A linhagem humana e de todas as espécies com núcleos deriva de um ancestral eucariótico comum, datado de 1,2 bilhão de anos. Assim, a descoberta revelada em junho pode trazer novos questionamentos sobre a origem da vida em nosso planeta.
Representação de dois organismos eucarióticos primordiais. (Imagem: Eureka Alert)
Sabia-se que poucos mamíferos passam pela menopausa: humanos, baleia-piloto-de-aleta-curta, baleia-beluga, narvais e falsa-orca. O grupo ganhou um novo integrante neste ano: os chimpanzés. Cientistas fizeram a descoberta ao acompanhar um grupo de animais selvagens de Uganda por mais de duas décadas. Os biólogos ainda tentam compreender o benefício evolutivo de animais viverem muito tempo além do período reprodutivo. No caso das baleias, as mais velhas ajudam a criar os mais novos, algo não visto entre os chimpanzés.
Menopausa da chimpanzé ocorre por volta dos 50 anos. (Foto: Unsplash)
O consórcio internacional Human Pangenome Reference divulgou em maio o novo genoma humano de referência, que atualiza modelos anteriores incluindo mais diversidade étnica e racial, tornando-se mais representativo da nossa raça. Ainda que o genoma de duas pessoas diferentes seja 99% idêntico, determinar as particularidades de cada um pode contribuir para avanços significativos na medicina e nos medicamentos.
Seres humanos possuem novo genoma de referência. (Imagem: Pixabay)
Neste ano, a NASA revelou que a sonda Cassini detectou sinais de fósforo nos gêiseres que emergem de Encélado, uma das luas de Saturno. Esse é um dos elementos essenciais à vida, juntamente de carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e oxigênio, detectados anteriormente no satélite. Dessa maneira, os cientistas acreditam que a lua poderia ser habitável!
Superfície de Encélado. (Imagem: Wikimedia Commons)