Artes/cultura
26/12/2023 às 08:00•2 min de leitura
Não foram poucos os avanços científicos de 2023. Em um ano marcado pela evolução da tecnologia de inteligência artificial, descobertas históricas prometem revolucionar a área da saúde, expandir o que se sabe sobre o Universo e transformar o mundo em um lugar melhor e mais sustentável. Confira!
Fusão nuclear é o processo no qual dois ou mais núcleos de átomos leves se combinam a fim de formar um núcleo maior e mais estável, liberando grandes quantidades de energia. E, pela primeira vez, em 2022, um experimento de fusão nuclear produziu mais energia do que consumiu. O feito foi repetido em 2023 e obteve saldo energético ainda maior.
Esta é uma excelente alternativa para a produção de energia limpa, uma vez que não emite nem resíduos radioativos (como ocorre na fissão nuclear), nem gases de efeito estufa. Porém, ainda é preciso reduzir custos para ampliar sua viabilidade.
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Avanço científico que pode ser o caminho para a cura de doenças autoimunes, como esclerose múltipla e diabetes tipo 1. Em vez de estimular o sistema imunológico a combater uma ameaça, “apaga a memória” do que o organismo entende como prejudicial, prevenindo o ataque a células e tecidos saudáveis.
No caso da esclerose múltipla, as células T enxergam erroneamente a mielina, um tipo de capa de gordura que protege os nervos, como um risco. Embora os testes tenham sido feitos apenas em animais, os sintomas da doença foram revertidos.
(Fonte: GettyImages)
Uma interface cérebro-espinha inovadora permitiu que um homem paraplégico voltasse a andar. O dispositivo funciona como uma ponte digital sem fio e requer implantes no crânio, identificando as intenções de movimento dos membros inferiores. O sinal, então, é enviado para um tipo de computador, o qual pode ser guardado em uma mochila.
A tecnologia, aliada às sessões regulares de reabilitação, contribuiu também para uma clara melhora na recuperação neurológica do paciente.
(Fonte: GettyImages)
Pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) criaram uma tecnologia que “capta” pensamentos e os transforma em palavras escritas – sem exigir implantes cirúrgicos.
Durante o estudo, participantes ouviram podcasts para que o sistema transcrevesse os fluxos de pensamento à medida que as histórias eram reproduzidas e novas situações eram imaginadas. A transcrição não é perfeita, mas fornece uma ideia geral muito próxima do que se passa na mente, podendo ajudar pessoas com dificuldade de comunicação (como vítimas de derrame).
(Fonte: GettyImages)
Cientistas da Universidade de Minnesota (EUA) retiraram o rim de um rato, o congelaram por 100 dias usando uma técnica para vitrificar (e não congelar) e o transplantaram, com sucesso, em outro rato. Ou seja, avanço científico importante no que se refere à criogenia, processo que garante a preservação de órgãos e células, por exemplo, a baixíssimas temperaturas (-150 °C).
A expectativa é aplicar a mesma técnica em humanos em um futuro próximo, inclusive para armazenar órgãos por mais tempo e, assim, salvar mais vidas.
(Fonte: Unsplash)
O Telescópio Espacial James Webb, da NASA, encontrou quatro galáxias formadas entre 300 milhões e 500 milhões de anos depois do Big Bang – estima-se que o Universo tenha 13,8 bilhões de anos.
Suas taxas de formação estelar, inesperadamente ativas, surpreenderam. E a presença de estrelas muito quentes, próximas umas às outras, sugere ainda que, lá atrás, o Universo já esbanjava galáxias superbrilhantes.