Artes/cultura
28/12/2023 às 03:00•2 min de leitura
A cada ano, novas descobertas científicas sobre os dinossauros ajudam a contar a história da Terra de milhões de anos atrás. Entre as novidades mais legais de 2023, estão a descoberta de um dinossauro apaixonado por coxinhas e de outro que parece ser vegano por opção. Confira:
No período Mesozóico, os mamíferos não eram dominantes e eram vistos como presas fáceis. Em julho, porém, fósseis de um valente repenomamus em combate mostraram que os mamíferos não se entregavam de bandeja. Um espécime desse pequeno mamífero, do tamanho de um gato doméstico atual, mas com cara que lembra um texugo, foi descoberto mordendo as costelas de um psitacossauro.
Já esse dinossauro tinha o tamanho de um cachorro, mas com pequenos chifres na testa. Os danos nos ossos da costela, feitos pelo mamífero, mostraram que a luta foi feroz. Não se sabe, porém, se algum deles ganhou a batalha antes de morrer e virar fóssil ao lado do seu último oponente.
Fóssil bem preservado mostrou a duelo mortal entre os animais. (Imagem: GANG HAN/EurekAlert )
O troodon é um dinossauro para lá de intrigante. Ele foi nomeado a partir da descoberta de um dente, bastante longo e grande para o tamanho do bicho. O troodon lembra um pouco o velociraptor, com corpo esbelto e garras bem chamativas. A combinação de unhas e dentes parecia indicar um carnívoro dos mais exemplares, mas parece que não era bem assim…
Neste ano, cientistas analisaram vestígios geoquímicos preservados nos ossos do dinossauro e revelaram que sua maior fonte de alimentação era vegetal! Ou seja, ele não era adepto da caça.
Troodon. (Imagem: Wikimedia Commons)
Como visto no tópico anterior, determinar a dieta de um dinossauro pode ser desafiador. Às vezes, porém, os cientistas têm sorte! Neste ano, o fóssil bem preservado de um jovem gorgosaurus revelou o que estava em seu estômago: dois pequenos dinossauros desmembrados.
As vítimas, que lembram os papagaios atuais, tiveram apenas patas traseiras ingeridas. Isso pode ser explicado pelo fato desses membros serem mais musculosos e carnudos. Quem não ama uma coxinha?
Representação do Gorgosaurus. (Imagem: Royal Tyrrell Museum)
Que os dinossauros encontraram seu destino derradeiro com a queda de um asteroide, todo mundo já sabe. Mesmo assim, os eventos pós-impacto ainda são intrigantes. Detritos, por exemplo, criaram um pulso infravermelho que praticamente assou a Terra logo nas primeiras 24 horas.
Além disso, neste ano, cientistas determinaram que a poeira de silicato, criada pelo impacto, pairou no ar por cerca de 15 anos! Dessa maneira, as plantas não conseguiam fazer a fotossíntese, e o planeta foi se resfriando enquanto buscava recursos para se reerguer.
Poeira gerada pelo impacto do asteroide demorou 15 anos para dissipar. (Imagem: Pixabay)
Neste ano, cientistas brasileiros descobriram uma nova espécie de dinossauro no Rio Grande do Sul: o Venetoraptor gassenae. Ele viveu na região há cerca de 230 milhões de anos e seria uma espécie de precursor dos pterossauros. A região é conhecida por ter sido o lar das espécies mais antigas de dinossauros da história.
A maior curiosidade da nova espécie se encontra nas mãos: garras pra lá de afiadas que levaram os cientistas a comparar o dino ao Edward Mãos de Tesoura. Outro detalhe: o venetoraptor tinha penas, mas não sabia voar.
Representação artística do Venetoraptor gassenae. (Imagem: Caio Fantini/UFSM)