Ciência
12/02/2024 às 08:30•2 min de leitura
Se você é um dos tantos entusiastas das maravilhas da mãe natureza, vai curtir saber que há sempre novas descobertas surpreendentes surgindo sobre o que sabemos dos animais e suas habilidades.
Neste texto, compartilhamos quatro achados recentes que vão deixá-lo embasbacado. Entre eles, estão a inteligência dos golfinhos, a colaboração entre aves e humanos em prol de uma caça, e as novidades no tratamento de artrite em mamíferos!
(Fonte: Getty Images)
Os animais também sofrem de artrite, assim como os seres humanos. Em um zoológico de Budapeste, foi identificado que uma das gorilas fêmeas mais velhas, chamada Liesel, estava com uma séria dificuldade para caminhar, apresentando inchaço em suas articulações.
A gorila foi então submetida a um tratamento dentro do projeto Stem CellX, que envolve uma colaboração de especialistas internacionais em células estaminais mesenquimais (células indiferenciadas com capacidade de autorrenovação e multiplicação e que podem diferenciar-se noutras linhagens celulares), e que investiga as possibilidades de reverter o impacto da artrite. Esta doença, vale lembrar, se caracteriza por danos irreparáveis às cartilagens.
Em 2023, esta equipe realizou um tratamento experimental em Liesel e obteve sucesso! Os pesquisadores usaram células-tronco retiradas do tecido adiposo de um gorila mais jovem, chamado N'yaounda. Hoje, Liesel é considerada a primeira primata a ter suas cartilagens reconstruídas por esse método. Imagina-se que em um futuro próximo esse tratamento seja replicado em humanos.
(Fonte: Getty Images)
O pinguim-de-face-manchada ou pinguim de barbicha é uma espécie de ave encontrada na Antártida e ilhas adjacentes. Recentemente, foi descoberto que essa ave marinha tem uma "habilidade" no mínimo curiosa: ela consegue manter cerca de 10 mil pequenos cochilos em um único dia!
Sim, e isso só é possível porque essas sonecas são incrivelmente rápidas, durando em média quatro segundos. No total, o animal dorme cerca de 11 horas todos os dias. Pesquisadores acreditam que estes pinguins aprenderam a fazer isso por razões práticas: eles estão constantemente sob algum risco de ataque, especialmente na época de nidificação (quando constroem o ninho e colocam seus ovos).
Por isso, quando a mãe ou o pai pinguim fica no ninho cuidando do ovo, ele tira esses microcochilos, evitando que os predadores apareçam e roubem a sua futura cria.
(Fonte: Claire Spottiswoode/Reprodução)
Em Moçambique, alguns habitantes começaram a fazer um trabalho "colaborativo" junto dos indicadores, que são uma espécie de ave tropical, encontrada na África e Ásia. Humanos da tribo Yao treinaram suas aves e juntos delas rastreiam e abrem as colmeias: enquanto os caçadores colhem o mel, os indicadores comem cera e larvas de besouro.
Uma pesquisa feita sobre o tema mostrou que humanos e animais criaram um vínculo especial entre si, com as aves se tornando capazes de reconhecer os chamados das tribos de Moçambique. São dois parceiros improváveis, mas que conseguem trabalhar bem juntos em prol do mesmo objetivo.
(Fonte: Dolphin Discovery Center/Reprodução)
Cientistas australianos fizeram imagens surpreendentes. Eles flagraram golfinhos realizando um "assalto" para poder comer algumas guloseimas. Na verdade, os animais foram filmados enquanto uniam suas forças para tentar roubas iscas de potes de caranguejo na Baía de Koombana.
Os espertos animais foram vistos usando seus focinhos para arrancar os peixes de uma armadilha. Dois membros desse "bando", chamados Calypso e Reggae, se destacaram pela engenhosidade na hora de retirar a comida. Segundo o preservacionista Rodney Peterson, "se não fosse por esses dois, pescar caranguejo seria bem simples, na verdade."