Estilo de vida
29/01/2019 às 11:00•2 min de leitura
Você acordou com meia hora de atraso, não teve tempo de tomar seu café, saiu de casa às pressas e, no caminho até o ponto de ônibus, levou um banho quando aquele carro passou apressado pela poça de água ao seu lado. Não bastasse tudo isso, o motorista do ônibus não viu o seu sinal e passou direto por você. Eis uma descrição de um dia sem muita sorte.
Há muita gente que, nesses casos, descreve a situação como sendo parte da Lei de Murphy, cujo maior fundamento é: quando algo pode dar errado, vai dar errado. Você provavelmente já deve ter ouvido falar dela, mas será que isso tudo é verdade? O que os cientistas têm a dizer a respeito da lei de quem não tem sorte?
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Primeiro: a lei existe mesmo e a ciência a reconhece como verdadeira. De acordo com o site Ask a Mathematician, o lado matemático que a comprova é extremamente complexo. Uma máxima que explica a aplicabilidade da lei é a de que nada dura para sempre. Partindo desse princípio, é fácil saber que as peças de um computador vão, eventualmente, ser desgastadas, por exemplo.
A explicação por meio da lógica aleatória, contudo, não pode elucidar a lei como um todo, embora esse tipo de “coincidência” seja um forte indício de que há alguma lei da física por trás dos decretos de Murphy.
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O cientista Robert Oppenheimer é o pioneiro nos estudos a respeito da Lei de Murphy, pois se baseou em sua própria história desafortunada: ele havia sido alertado pelos colegas de que, quando estava presente com as outras pessoas no laboratório, a chance de alguém derrubar um muffin e o bolinho cair virado para baixo era de 42%.
Você pode achar graça da situação, mas Oppenheimer chegou a ser “convidado” a não trabalhar mais em laboratórios. Foi então que ele começou a estudar a Lei de Murphy e não apenas constatou a veracidade da lei como a classificou como “robustamente injusta”. Para ele, era importante não subestimar o poder do que teima em dar errado.
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O fato é que existem algumas pessoas azaradas, que parecem ter sobre suas cabeças uma pequena nuvem negra. Essas pessoas são as “vítimas” das leis de Murphy.
Edward Murphy foi capitão da Força Aérea Americana e, logicamente, primeira vítima da lei que viria a criar. Sua função como capitão era testar os efeitos da desaceleração rápida em aeronaves, e Murphy teve a ideia de criar um aparelho que ajudasse aos pilotos envolvidos na tarefa. O problema foi que o dispositivo, que devia calcular os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos, não funcionou e causou uma pane geral.
Murphy acabou ficando com o filme queimado e, então, criou a lei que dizia: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”.
Confira outras variantes dessa lei e nos conte: você acredita nela?
- Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível;
- Todo corpo mergulhado em uma banheira faz tocar o telefone;
- A informação mais necessária é sempre a menos disponível;
- A fila ao lado sempre anda mais rapidamente;
- Toda partícula que voa sempre encontra um olho;
- A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.
*Publicado em 23/04/2013