Assista a 1,8 bilhão de anos da história tectônica da Terra em apenas 1 minuto

03/10/2024 às 12:002 min de leituraAtualizado em 03/10/2024 às 12:00

Geólogos da Austrália e da China combinaram modelos pré-existentes de evolução tectônica e de fronteiras de placas terrestres, com atualizações de dados geofísicos, para construir “uma nova reconstrução tectônica de placas completas de 1,8 Ga [bilhões de anos] até o presente”, diz o estudo.

Divulgada em vídeo, essa história tectônica refinada da Terra mesclou três modelos já divulgados anteriormente: um mais abrangente que vai de 1 Ga até hoje, e outros dois de deriva continental (movimento dos continentes ao longo do tempo geológico) com foco nas eras Paleoproterozoica tardia e Mesoproterozoica, com início, respectivamente, há 2,05 bilhões de anos e 1,6 bilhões de anos.

No vídeo de pouco mais de um minuto de duração, é mostrada a saga geológica de três supercontinentes: Nuna (ou Columbia, em uma possível referência à atual província Colúmbia Britânica no Canadá), Rodínia e Gondwana/Pangea. Há ainda dois ciclos extras de supercontinentes, compreendendo cerca de 40% de nossa história planetária.  

Viagem ao tempo dos supercontinentes mais antigos

O vídeo tem início na situação que vivemos hoje, com os atuais continentes América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África, Austrália e Antártica alinhados em seus respectivos lugares. Em um twist de alguns milhões de anos, todas essas rochas começam a se curvar e se espremer umas contra as outras como uma gigantesca massa de bolo.

Há pouco mais de 300 milhões de anos, que no vídeo são apenas alguns segundos, surge Pangeia, supercontinente que foi lar dos dinossauros, e resultou da colisão e fusão de continentes menores, principalmente Laurásia ao norte e Gondwana ao sul.

Indo mais longe do tempo, percebemos a criação de supercontinentes mais antigos, como Rodínia há cerca de 1,1 bilhão de anos, que juntou blocos da América do Norte e do Sul, África, Antártida, Austrália, Índia e partes da Eurásia. Indo até 1,35 bilhão de anos, surge o supercontinente mais antigo: Nuna, que se originou da colisão de crátons, grandes blocos da costa terrestre primitiva, há cerca de 1,8 bilhão de anos.

As placas tectônicas estão em atividade constante

x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
A África está se partindo ao meio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O estudo das placas tectônicas não visa apenas entender o passado da Terra, mas também a responder a algumas questões atuais e futuras, como previsão de desastres naturais, identificação/exploração de recursos minerais, compreensão dos padrões de correntes oceânicas e a própria evolução da vida em nosso planeta. 

Na verdade, a história das placas tectônicas só terá fim quando a própria Terra deixar de existir. Enquanto isso, continuaremos experimentando mudanças radicais e violentas, mesmo não tendo capacidade para perceber o tempo geológico em sua grandeza. 

Um exemplo atual dessa atividade é o chamado Vale do Rift Africano, uma vasta região geológica no leste da África, que se estende por 6 mil quilômetros, onde a crosta terrestre está se separando devido à atividade tectônica. 

O estudo foi publicado na revista Geoscience Frontiers.

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