Os efeitos do eclipse nos animais
Na natureza selvagem, os animais costumam manifestar diferentes reações ao bloqueio da entrada da luz solar. Alguns deles, que são naturalmente diurnos e dormem durante a noite, começam a se preparar para dormir quando a luz some. Já os animais noturnos entram em atividade no tempo errado.
Em 8 de abril de 2024, haverá um eclipse solar total, uma situação que só se repetirá novamente em 2044. Nesse dia, será possível verificar mais uma vez as reações dos animais e como eles têm o seu relógio biológico alterado temporariamente por essa experiência. Em alguns zoológicos espalhados pelo mundo, inclusive, haverá eventos para que os visitantes possam observar o fenômeno.
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Na Seção de Heliofísica e Ciência Planetária do Marshall Space Flight Center da NASA, a astrofísica e chefe do departamento Mitzi Adams fez anotações sobre o comportamento dos animais em eclipses em 1970, como observadora, e novamente em 2017, em um estudo envolvendo equipes do Marshall Space Flight Center e da Austin Peay State University.
Os pesquisadores notaram que alguns animais entravam em comportamentos erráticos no momento do eclipse. Formigas e abelhas, por exemplo, poderiam começar a reproduzir seus comportamentos tipicamente apresentados à noite.
Um estudo feito durante o eclipse de 2017 no Zoológico de Riverbanks, na Carolina do Sul, evidenciou que 76% dos animais observados exibiram algum tipo de mudança comportamental em razão ao eclipse total. Os pesquisadores notaram reações normais, mas também aumento de níveis de ansiedade entre os animais — como um gorila que atacou a sua caixa de vidro e uma girafa que começou a balançar seu grande pescoço para frente e para trás.
As reações mais curiosas
Houve também registros mais estranhos nos comportamentos coletivos. Um grupo de babuínos, por exemplo, correu em torno do cercado à medida que a escuridão total se aproximava. Quando a luz do sol voltou, eles pararam de correr e retornaram ao seu arranjo original.
Os flamingos também se comportaram de maneira anormal: eles se amontoaram em uma espécie de ilha no meio do zoológico e ficaram totalmente imóveis. Só se dispersaram quando a luz começou a voltar a brilhar.
Mitzi Adams ainda anotou a reação das tartarugas: elas saíram da água durante o eclipse e foram parar do lado de um lago, só se espalhando com o retorno da luz. Já os grilos se comportaram como se estivessem vivendo a noite, enquanto as abelhas começaram a voar em torno da colmeia, claramente incomodadas pela luz fora de hora.
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