Ciência
01/08/2024 às 00:00•2 min de leituraAtualizado em 01/08/2024 às 00:00
Ao contrário do que você veria em filmes de Hollywood, ser atingido por um raio não te fará adquirir superpoderes de uma hora para outra ou qualquer outra coisa do gênero. Então, o que acontece com os nossos corpos se formos atingidos por essas gigantescas descargas elétricas?
De acordo com estudos feitos nos Estados Unidos, aproximadamente 243 pessoas são atingidas por um raio a cada ano no país. Dentre esse número, 27 delas acabam falecendo. Sendo assim, é de se imaginar que o resultado final não seja nem um pouco positivo.
De acordo com pesquisadores, estima-se que os raios atinjam a Terra aproximadamente 44 vezes por segundo, com quase 1,4 bilhão de raios acontecendo todos os anos. Embora seja um fenômeno relativamente raio, os números também mostram que essas descargas elétricas ferem cerca de 240 mil pessoas e matam 24 mil indivíduos a cada ano no mundo inteiro.
Carregando 10 milhões de volts de energia em sua existência, um raio pode causar sérios danos aos sistemas do corpo. Inclusive, as áreas mais comumente afetadas são os sistemas circulatório, respiratório e nervoso. A maioria das mortes relatadas, inclusive, ocorrem por uma parada cardíaca, uma vez que a corrente do raio pode interromper o ritmo natural do coração.
Sendo assim, administrar outro choque elétrico com desfibrilador após alguém ter sido eletrocutado por um raio pode aumentar suas chances de sobrevivência — cômico se não fosse trágico. Os raios também podem causar paralisia do sistema respiratório como resultado da forte corrente elétrica, sendo necessário respiração artificial para tentar salvar as vítimas.
Segundo um relatório de 2020, os homens representam uma porcentagem maior de vítimas de raios do que as mulheres. De acordo com os pesquisadores, é possível que essa "preferência" dos raios pelo sexo masculino esteja no fato deles estarem constantemente em situações que dificultam chegar a um lugar seguro a tempo, não reagem rapidamente à ameaça de raios ou até mesmo uma combinação dos dois fatores.
Entre 2006 e 2019, os EUA registraram 418 casos de morte envolvendo raios. Ao todo, a pesca foi a atividade que mais colocou pessoas em risco, totalizando 40 mortes. Segundo estimativas, existe uma chance de 1 em 1,2 milhão para a maioria das pessoas de ser atingido por um raio em qualquer lugar nos Estados Unidos.
A única exceção conhecida para esses números é o ex-guarda-florestal Roy C. Sullivan, que foi atingido por um raio sete vezes entre 1942 e 1977. Para a surpresa de muitos, ele conseguiu sobreviver a todos os casos. Sua morte aconteceu apenas em setembro de 1983 por suicídio, supostamente após ter sido rejeitado no amor.