Conheça a história da mulher que vive isolada em uma ilha remota há 40 anos

02/08/2017 às 07:472 min de leitura

Quem nunca desejou poder se isolar do mundo e ficar sozinho — nem que fosse só por um momentinho? No entanto, são poucos os que escolheriam passar longos períodos de tempo completamente sós em um local remoto e de difícil acesso, certo? Esse é o caso de Zoe Lucas, uma naturalista que, na década de 70, decidiu viver na Ilha Sable, uma pequena ilha com apenas 34 quilômetros quadrados de área que fica na costa do Canadá.

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Mais precisamente, Ilha Sable se encontra no norte do Atlântico e fica a 300 quilômetros sudoeste de Halifax, na Nova Escócia, com o ponto mais próximo dessa província canadense a 175 km de distância. Na verdade, dizer que Zoe vive completamente sozinha seria um pouco de exagero! De acordo com Sadie Whitelocks, do Daily Mail, ela divide o espaço com cerca de 400 cavalos, 300 mil focas e mais ou menos 350 espécies diferentes de aves.

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Contudo, humano mesmo, não existe nenhum na ilha — além de Zoe, claro, que vive por lá há nada menos que 40 anos apenas com os animais para lhe fazer companhia. Segundo Sadie, Zoe visitou Sable pela primeira vez em 1971, quando ainda era estudante. Com 21 anos de idade na época, a canadense imediatamente se apaixonou pelo lugar e não demorou até se mudar para a ilhota.

Residente

De acordo com Sadie, a mudança não aconteceu imediatamente, uma vez que Sable não era habitada. Assim, primeiro Zoe arranjou emprego como cozinheira em um projeto de pesquisa na ilha e, mais tarde, participou de um programa de recuperação — até que conseguiu fixar residência no local. E o que a atraiu a se mudar para lá? As centenas de cavalos selvagens que habitam esse remoto lugar.

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Ninguém sabe ao certo como os animais foram parar em Sadle, mas é bastante provável que eles tenham sido levados no início do século 18, quando ocorreu uma tentativa de instalar uma comunidade na ilha. A iniciativa não deu certo, mas uma estação de salvamento foi construída no local — já que a região onde a ilha se encontra costuma ficar sob uma densa névoa 125 dias do ano, o que a torna uma área bastante perigosa para a navegação.

Aliás, existem cerca de 300 embarcações naufragadas nos arredores de Sadle — o que rendeu à região o apelido (nada carinhoso) de “Cemitério do Atlântico”. Pois é nesse ambiente que vive Zoe, que hoje se dedica a observar e fazer todo tipo de anotações sobre os cavalos e coletar os crânios dos que morrem, para que cientistas em terra-firme possam estudar a adaptação desses animais na ilha.

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Além disso, Zoe cuida de uma estação meteorológica e recolhe todo tipo de porcaria que é trazida pelo mar até a ilha — para que seja possível fazer um monitoramento dos níveis de poluição na região. Você deve estar se perguntando sobre como a canadense se mantém em Sadle, né? Semanalmente, suprimentos são levados de helicóptero até a ilha e lançados lá de cima com um paraquedas.

Sobre sentir solidão, Zoe revelou que nunca se sente sozinha e que está feliz com a vida que escolheu. Tanto que ela raramente visita Halifax, sua cidade natal, e disse não sentir a menor falta de “viver em sociedade”. Na realidade, se depender de Zoe, ela passará o resto de seus dias em Sadle — rodeada por mais nada além dos animais, das dunas e do mar.

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