Ciência
01/04/2018 às 06:00•2 min de leitura
Pessoas que gostam de cães sabem como funciona quando chegam em casa no fim do dia. A recepção com direito a rabos abanando e lambidas é garantida, demonstrando todo o carinho e saudade que sentiram durante o dia. Agora, algo que muitos já imaginavam foi confirmado por uma especialista em comportamento animal, em entrevista ao site Inverse: o carinho deles é o mais genuíno possível.
Nossa relação com cães já vem de longa data e, segundo cientistas, tem mais de 40 mil anos. Independente de como tudo isso começou, até hoje eles são ótimos companheiros e muito fiéis. Segundo Amy Shojai, especialista em comportamento animal, o carinho que eles sentem é genuíno e comprovado por estudos.
O hormônio ocitocina é liberado tanto em cães quanto em humanos quando interagem com alguém de quem gostam. Ele provoca uma reação no cérebro que aumenta a ligação existente, e não à toa é o mesmo hormônio liberado em mães quando estão com seus bebês recém-nascidos.
Somente o cheiro de seus donos já é suficiente para que cães fiquem felizes. Um estudo publicado em 2015 analisou o cérebro de cachorros por meio de ressonância magnética. Eles estimularam os animais com o cheiro de seus donos, de cachorros conhecidos, de cachorros desconhecidos e de humanos desconhecidos. Os pesquisadores concluíram que somente o cheiro dos próprios donos ativou uma região do cérebro chamada núcleo caudado, que é ligada diretamente à sensação de recompensa.
Com toda essa afeição, não é difícil se pegar falando com eles como se fossem crianças de colo, tanto que já falamos aqui no Mega sobre esse comportamento. Considerando tudo isso, não é à toa que cães sejam tratados literalmente como bebês por algumas pessoas — e não as julgamos por isso.
Certamente, muitas pesquisas ainda serão realizadas a fim de investigar a ligação entre humanos e cães; porém, independente disso, o melhor é continuar aproveitando os momentos de carinho e alegria com eles.