Artes/cultura
05/06/2019 às 11:15•2 min de leitura
Eventos esportivos de grande porte movimentam o mundo. Uma prova disso é que, mesmo que você não goste de futebol, sabe que a Copa do Mundo está em andamento, e muita gente está em um estado de frenesi por isso.
Na Copa, o grande objeto de desejo (e maior símbolo) é o seu cobiçado troféu. Os jogadores fazem o seu melhor durante a competição, pois só 4 anos depois terão a oportunidade de disputar novamente o título, e até lá muita coisa pode acontecer.
Já as Olimpíadas englobam várias modalidades, dada a sua origem na Grécia Antiga. A próxima edição acontecerá daqui a 2 anos, no Japão, e um de seus principais símbolos é a chama olímpica. Durante a cerimônia de abertura, todos esperam ansiosamente para ver como a pira será acesa. Na época dos jogos e nos meses que o antecedem, vemos frequentemente a chama, mas e no intervalo que separa as edições? Será que ela se mantém acesa em algum lugar?
A chama olímpica simboliza o fogo roubado dos deuses por Prometeu, atitude que o fez ser punido pelo resto de seus dias. Durante os jogos na Antiguidade, essa chama permanecia acesa somente ao longo do período de competições.
Durante a era moderna, a chama voltou a ser utilizada somente a partir de 1928, nos jogos que aconteceram em Amsterdã. Nas edições globais anteriores, que se iniciaram em Atenas no ano de 1896, a chama não esteve presente.
O revezamento da tocha foi outra tradição iniciada recentemente. Ele aconteceu pela primeira vez em 1936, na edição sediada em Berlim. Desde essa época, a tocha sai de Olímpia, na Grécia, e percorre diversas localidades antes de chegar ao estádio olímpico, onde será mantida acesa durante a competição.
A chama simboliza a vida e o espírito competitivo, mas infelizmente ela se apaga após os jogos, para ser acesa novamente apenas meses antes da edição seguinte.
Inicialmente, o revezamento da tocha era feito prioritariamente por corredores, mas ao longo do tempo a tradição passou a ser mais uma parte do show, com uma infinidade de pessoas tendo a honra de carregá-la.
O mais interessante é que ela já foi transportada de formas bem pouco usuais. Em 1948, por exemplo, ela atravessou o Canal da Mancha de barco; já em 1952, ela foi de avião até Helsinki, na Finlândia.
No entanto, ainda está para aparecer um modo mais original do que o realizado em 1976. O país que sediou a edição foi o Canadá, e a chama foi convertida em um sinal de rádio, que por sua vez foi transmitido de Atenas para Quebec via satélite! No local de destino, o sinal ativou um raio laser, que acendeu a chama novamente.
Na edição do ano 2000, que aconteceu na Austrália, a tocha foi transportada até embaixo da água. Foi desenvolvido um sistema para que a chama não se apagasse, e um mergulhador foi responsável pela façanha, passando próximo à Grande Barreira de Coral, beleza natural australiana.
No fim das contas, a chama olímpica se mantém acesa durante todo o tempo, ainda que não necessariamente em sua forma física. Ela continua existindo, mas como o espírito de competição e vida que existe em cada um de nós.
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