Estilo de vida
31/07/2018 às 08:30•3 min de leitura
Apesar da aparente estabilidade geopolítica atual, muita coisa pode mudar repentinamente. Durante toda a história da civilização humana, conquistas de novos territórios por nações ou reinos mais fortes aconteceram, sempre alterando as configurações de poder.
Além de fatores externos, é possível que determinado povo se rebele contra o governo e busque independência. Existem vários casos como esse atualmente, onde determinadas regiões possuem uma bandeira, governo independente e um território definido.
Essas micronações buscam o reconhecimento internacional, para se tornarem países como qualquer outro. Enquanto isso não acontece, conheça 10 exemplos nesta lista.
Em 2009, a rainha Margrethe declarou que seu governo seria independente, após 300 anos de domínio dinamarquês. Isso não exclui a ilha do reino da Dinamarca, mas os habitantes agora possuem controle sobre a polícia e o sistema jurídico. Esse é o último passo rumo à independência total.
Nos anos 1960, a região que inicialmente era conhecida como Somalilândia Britânica declarou independência e se manteve assim por 5 dias, antes de se juntar à Somalilândia Italiana, formando a atual Somália. Após uma guerra civil, a Britânica retomou suas antigas fronteiras e hoje possui todos os pré-requisitos para se tornar um país, apesar de não ser reconhecido por outras nações.
Anualmente, o povo Barotze se desloca para regiões mais altas assim que se iniciam as inundações do rio Zambeze. Com uma história de 5 séculos, foram colonizados por britânicos e possuíam, nessa época, autonomia de governo. A região, que hoje está localizada dentro da Zâmbia, buscou independência desde que se desfez o vínculo de colonização, fato que se concretizou em 2012.
Visitar esse local é como voltar aos tempos da União Soviética. Sua bandeira estampa a foice e o martelo, e uma estátua de Lenin é mantida em frente ao Parlamento, em Tiraspol. Desde a separação da Moldávia, seus habitantes passam por um processo de vitimização coletiva, onde se sentem como russos abandonados pelo antigo regime, mesmo a fronteira da região ficando a 500 km da Rússia.
Essa região se declarou independente da Nicarágua em 2009, após a eleição de um líder local.
Apesar de influenciada pela Coroa Britânica, essa ilha possui suas próprias leis e Parlamento, o Tynwald. Este, conhecido por ser o mais longevo do mundo, tem estrutura existente desde a chegada dos Vikings na região, no século 8. Foi o primeiro local no mundo a permitir o voto de mulheres, em 1881.
Em 1868, os índios Lakota assinaram um tratado com o governo dos EUA garantindo que teriam todos os direitos sobre a área de Black Hills, para sempre. O problema é que, alguns anos depois, foi descoberta uma mina de ouro no local, fato que levou o governo a reverter o acordo. Após todo um processo jurídico, ficou determinado que eles deveriam receber pela área uma alta soma em dinheiro, mas para esse povo a área é sagrada e não estava à venda. Por isso, em 2007, formaram a República de Lakota, reafirmando sua soberania.
Depois de tentar resistir às ordens do governo chinês, o 14º Dalai Lama fugiu após seu palácio ser alvejado pelo Exército Popular de Libertação da China. A justificativa para tanta agressividade foi a de que ele teria sido sequestrado por bandidos. Seguindo o que já havia sido definido por um oráculo, o líder cruzou a fronteira e foi para a Índia, onde pediu asilo.
Após o fim da colonização holandesa, a Indonésia prometeu ao povo da Papua Ocidental um plebiscito para que seu destino fosse definido. A votação foi feita de forma parcial, mantendo a região como pertencente ao país.
Um país só pode declarar autoridade sobre um território se ganhar uma guerra, assinar um tratado ou ocupar um local que não possua reivindicações. Os moradores de Murrawarri, região dentro da Austrália, não possuem registros de guerras ou tratados, habitando a região antes mesmo de os europeus chegarem. Por isso, em 2013 eles iniciaram um processo de independência, exigindo reconhecimento como uma nação.
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