Ciência
12/09/2018 às 08:30•3 min de leitura
Os recursos de computação gráfica e efeitos especiais são usados no cinema há vários anos. Servindo como uma forma de diminuir os custos da produção, acabam passando despercebidos pela grande maioria do público, pois a qualidade é tamanha que são mínimos os riscos de parecer artificial.
Conforme a tecnologia avança, esse tipo de recurso começa a se tornar algo utilizado de forma recorrente por pessoas comuns, que não possuíam as ferramentas e os conhecimentos de produtores de cinema até pouco tempo atrás. No entanto, é tudo bastante novo e capaz de confundir muita gente.
Não faltam no Instagram modelos que vivem em função da rede social, postando suas rotinas de exercícios e compras, enquanto divulgam produtos e ganham cada vez mais seguidores. Esse é um mercado que surgiu recentemente, mas se mostrou muito efetivo quando se trata de marketing para determinados nichos.
Aparentando ser mais uma conta com esse objetivo, a modelo Shudu Gram acumulou um grande números de seguidores. A grande polêmicas surgiu quando Cameron-James Wilson, um fotógrafo britânico de 28 anos, revelou que era o responsável pela modelo. O pequeno detalhe é que ele não era agente da Shudu, mas sim seu criador.
Shudu surgiu quando ele decidiu aprender a utilizar programas para elaboração de objetos 3D, através de vídeos do YouTube. "Shudu representa o que sempre considerei ser bonito, mas que não vejo com bastante frequência. Embora exista uma pequena mudança acontecendo recentemente, mais pessoas precisam questionar o que é realmente bonito", disse Wilson em entrevista a Isiuwa.
Apesar de o fotógrafo afirmar que sua criação sempre possuiu o intuito de propagar uma mensagem de empoderamento e inclusão, muitos alegam que seu trabalho estaria diminuindo a já pequena área de atuação de modelos negras. Um tweet sobre o assunto diz que: “Um fotógrafo branco descobriu uma maneira de lucrar com as mulheres negras sem nunca ter que pagar uma”.
Quando questionado sobre a repercussão da conta do Instagram, Wilson se defende alengando que nunca teve nenhuma má intenção e não planeja usar Shudu como modelo comercial. “Para mim ela é especial, assim como milhões de homens e mulheres negros da vida real”.
Questões como essa se tornarão cada vez mais frequentes, pois redes sociais e conteúdo produzido digitalmente já são realidades das quais não podemos fugir. E o que você pensa sobre o assunto? Wilson realmente tinha boas intenções ao criar Shudu ou ele não passa de um oportunista? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.
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