Ciência
01/10/2019 às 10:30•2 min de leitura
Por mais que pareça que estamos evoluindo, ainda há muito preconceito no mundo fashion. Porém, demos um passo adiante com a modelo Jeyza Gary. Sua condição de pele foi diagnosticada quando bebê: um médico mandou levá-la a uma universidade e a diagnosticaram com ictiose lamelar.
Jeyza conta que sua doença de pele afeta apenas uma pessoa em 100 mil: “No nascimento[...], meu rosto e pele estavam muito tensos, e eu estava super brilhante. Eles não sabiam o que havia de errado, então fiquei no hospital por semanas sob uma lâmpada de calor na UTI neonatal”.
A modelo conta que percebeu que era diferente ainda criança, quando saia com sua mãe e as pessoas ficavam olhando sua pele. Jeyza diz que ouvia sua mãe dizer para crianças e pais: “Não é educado olhar. Pode perguntar, mas não fique olhando”.
Nos primeiros dias de aula de Jeyza, sua mãe ia para a escola educar crianças e professores dizendo que sua pele se desprendia a cada 10 ou 12 dias, que não era contagioso e que ela era como todos, e isso deixava Jeyza mais forte. Sua carreira começou após o Ensino Médio, quando ela recebeu uma mensagem de uma agência que queria levá-la para Nova York. Naquele período, houve um furacão na Carolina do Norte e Jeyza não pôde ir.
Sempre forte, Jeyza conta que disse a si: “Se é isso que Deus deseja para você, pode ser hoje ou daqui a dez anos, continue realizando o que você quer fazer”. Alguns meses depois, ela recebeu outra mensagem e, no mês seguinte, assinou o contrato.
Após fazer as fotos, Jeyza contou que começaram a aparecer outras pessoas com ictiose lamelar falando sobre como suas davam força para fazer o que tinham medo, como, pasmem, usar shorts!
"Eu quero ser a melhor. Quero estar na Vogue. Quero ser procurada por todos que me recusaram. Nunca houve uma pessoa que eu pudesse idolatrar enquanto crescia. Foi minha família incutindo em mim que eu sou boa o suficiente e não há nada errado. Quero ser assim para outras pessoas que não veem isso em si".