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09/10/2019 às 06:30•2 min de leitura
É correto afirmar que a prática da perseguição LGBTQ+ intensificou-se em diversos países mesmo com o avanço das políticas de consciência de gênero e diversos movimentos sociais lutando por respeito e igualdade. Porém, tal prática encontra-se vinculada a conceitos antigos, culturais e morais, que ainda encontram muita resistência em grupos radicais e no meio rodeado por preconceitos e estímulo ao ódio de raças e estereótipos sociais.
E, como consequência, as atitudes contra LGBTQ+ tomam proporções crueis, violentas e intolerantes, criando situações perturbadoras e profundamente incômodas, como é possível ver em alguns casos abaixo.
Após a abertura dos campos de concentração, onde mantinham presos e torturados inimigos políticos e cidadãos de raça "inferiores", a perseguição homossexual intensificou-se de forma brutal. Para escapar das prisões, homens gays se casavam com mulheres lésbicas, disfarçando sua sexualidade para tentar sobreviver aos nazistas. "Um homem que cometa atos indecentes e lascivos com outro homem, ou se permita ser abusado por atos indecentes e lascivos, deve ser punido com prisão", registrou o Código Penal Alemão.
Durante campanha eleitoral de 2018, o governo russo distribuiu propagandas, em diversos meios de comunicação, distorcendo a realidade social, atacando grupos homossexuais e os acusando de diversas práticas amorais e anticonstitucionais. A intenção da campanha era evitar a ascensão de candidatos políticos mais "liberais" e retirar políticas LGBTQ+ da agenda governamental. A lei da "propaganda gay" entrou em vigor na Rússia em 2013 e inflou a intolerância e a violência no país, que evita, até hoje, distribuição de matériais de gênero em escolas, nas ruas e em meios de comunicação.
Após a ascensão do atual presidente, Jair Bolsonaro, a intolerância a grupos LGBTQ+ tomou proporções severas, infladas pelos discursos extremamente conservadores e em tons de perseguição ditos pelo presidente durante campanha eleitoral. “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, do turismo gay. Temos famílias”, falou Bolsonaro em discurso. “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”. Suas palavras fortalecem o surgimento de grupos homofóbicos e os legitima, aumentando as disparidades entre gênero e acalorando os movimentos sociais de ambos os lados.