Ciência
04/11/2019 às 12:00•1 min de leitura
O Skin-On é um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Bristol em parceria com a Telecomm Paris Tech e a Universidade de Sorbonne e foi desenvolvido a partir de uma camada flexível de cobre e partes de silicone de duas composições diferentes.
Segundo os responsáveis pela Skin-On, esses materiais são fabricados em massa e o custo de produção da capa para a venda comercial seria em torno de US$ 6,50.
Marc Teyssier, líder do projeto, revelou que encontrar o equilíbrio para criar a pele artificial foi bastante desafiador, já que o objetivo era que o protótipo fosse sensível ao toque. Apesar de ser considerada uma invenção um tanto peculiar, a Professora Dra. Anne Roudaut explica que é a primeira vez em que há a oportunidade de adicionar pele a aparelhos interativos. “A ideia pode ser um pouco surpreendente, mas a pele é uma superfície com a qual estamos totalmente familiarizados, por que não usufruir disso nos dispocitivos presentes em nosso cotidiano?”, questiona.
Além de não ter a típica rigidez de uma capa de celular comum, o dispositivo também pode detectar alguns gestos, o que o torna ainda mais peculiar. Os desenvolvedores do Skin-On afirmam que a capa permite que o aparelho “sinta” o usuário através do tato e outros gestos, como beliscos, carícias e até cócegas.
Isso é possível graças a um programa de mensagens desenvolvido para que o usuário do celular possa expressar emoções e sensações táteis na pele sintética. Através da intensidade do toque é possível controlar o tamanho dos emojis. Segurar o celular com mais firmeza, por exemplo, pode resultar em um emoji com raiva, enquanto as cócegas podem resultar em emojis risonhos, explica Marc Teyssier.
A pele artificial do dispositivo é bastante fiel à pele humana, mesmo assim, os pesquisadores estão procurando meios para tornar a experiência ainda mais real. Os desenvolvedores pretendem implementar o projeto com pelos e sensação de temperatura. Será que dá para encarar?