Ciência
12/11/2019 às 16:00•2 min de leitura
Uma neozelandesa foi encontrada perdida no mar a sudeste da Grécia. Kushila Stein, de 47 anos, sobreviveu mais de 37 horas apenas comendo pirulitos e utilizando sacolas plásticas para se aquecer, confirmou a mídia local. Encontrada próxima a Creta, ela viajava há três semanas enquanto ajudava um britânico a transportar um iate da Turquia para Atenas.
A aventura começou na sexta-feira à tarde, quando a moça deu uma pausa no transporte e remou até uma montanha próxima para escalá-la. Ainda ancorados na ilha de Folegandros, Stein avisou ao britânico Mike que estaria de volta em poucas horas. Porém, como a mulher não havia retornado até sábado de manhã, o colega de transporte rapidamente acionou as autoridades para iniciar as buscas pela desaparecida.
As condições climáticas, responsáveis por afastar o bote da neozelandesa, também atrapalharam as equipes de resgate que, mesmo com uma competente equipe de barcos e helicópteros da guarda costeira, não conseguiram concluir a busca em 12 horas. Dessa forma, decidiram dar uma pausa e iniciá-la no domingo, dia seguinte.
"Ela foi treinada para sobrevivência no mar, então é bastante competente. Eu acredito que possa ter salvo sua vida", afirmou Wendy, mãe de Kushila, ao New Zealand Herald, momentos após descobrir sobre o desaparecimento da filha. E foi confiando nos instintos da filha que recebeu uma ligação, no domingo, revelando que a desaparecida finalmente foi encontrada. Um dos motivos foi que, durante sua expedição para longe da ilha de Folegandros, um dos remos do bote foi perdido e, dessa maneira, a embarcação ficou mais sensível a ser carregada pelas péssimas condições climáticas.
Após estar segura, Kushila revelou seus procedimentos para sobreviver quase 40 horas ao desesperador desaparecimento. Como o único alimento que tinha guardado eram pirulitos, a moça racionou-os enquanto utilizava sacolas plásticas para se esquentar durante a noite, colocando uma vermelha sob sua cabeça para facilitar um eventual encontro em alto mar. Apontando um espelho para o sol a fim de criar a reflexão e ser facilmente identificada, a mulher também pensou na possibilidade de não ser encontrada, anotando o nome e número da mãe na lateral do bote.
"Ainda tenho um pirulito sobrando, mãe", foi a primeira mensagem trocada entre Kushila e a mãe após seu primeiro contato pós-desaparecimento. Ambas encontram-se bem.