Estilo de vida
22/11/2019 às 10:30•2 min de leitura
Há um século, Centralia era uma promissora cidade da Pensilvânia que organizava sua economia e a vida dos moradores em torno das minas de carvão. Em 1870, o local contava com aproximadamente 2.700 moradores e a maioria deles era de trabalhadores das minas ou seus familiares. Entretanto, a cidade que sobreviveu até à Grande Depressão de 1929 não conseguiu superar a tragédia que ocorreu em 1962.
O problema começou pelo lixo. A cidade possuía diversos aterros sanitários clandestinos e esta era uma questão difícil de resolver. Em 1962, uma grande mina desativada passou a ser usada como lixão. Porém, o conselho da cidade decidiu limpar tal aterro por causa das festividades do Memorial Day, dia em que o país celebra os militares que morreram em combate.
Essa informação parece irrelevante, mas tem tudo a ver com a tragédia, já que a forma que eles acharam para limpar o aterro foi colocando fogo no lixo. Obviamente, isso causou um incêndio na antiga mina de carvão que se espalhou e continua até hoje.
A grande proporção que o incêndio tomou deve-se à própria história da cidade com a mineração. Como esta sempre foi a atividade principal do local, havia muitas minas desativadas no subsolo e quando a que servia como aterro foi incendiada, o fogo se espalhou pelo labirinto de antigas minas sob o solo de Centralia.
As tentativas de apagar o incêndio foram fracassadas. O desafio é justamente a extensão do fogo que precisaria de muita água para ser apagado ou de escavações caríssimas. Então, a solução mais barata e fácil foi remover os moradores do local e abandonar a cidade.
O fogo continua na cidade até hoje, o que faz com que o solo queime a uma temperatura de mais de 400 ºC e gases nocivos subam até a superfície. Assim, ela continua abandonada e deve continuar por muito tempo. Atualmente, a maior atração do local é a rodovia que cortava a cidade e foi transformada em um grande mural de grafite a céu aberto, como você pode ver no vídeo: