Ciência
12/12/2019 às 05:00•2 min de leitura
Dois prisioneiros judeus, que namoravam em segredo, conseguiram felizmente sobreviver aos horrores do campo de concentração e extermínio nazista de Auschwitz, em 1944. Contudo, no fim da Segunda Guerra Mundial acabaram se separando. Agora, eles se reencontraram, depois de 72 anos do ocorrido.
Helen Spitzer e David Wisnia eram dois judeus que mantinham um romance secreto e que devido a política nazista de segregação e extermínio dos judeus, mandaram ambos para o campo de concentração e extermínio de Auschwitz. A despeito de todas as probabilidades, eles conseguiram sobreviver a todas as atrocidades vividas no local.
Contudo, em 1944, perto do final da Segunda Guerra Mundial (que terminou em 1945), David Wisnia foi transferido para o campo de concentração de Dachau, na Alemanha. Milagrosamente, eles conseguiram escapar durante esse processo de transferência de prisioneiros.
Entretanto, eles se perderam um do outro e não tinham condições de estabelecerem contato. Assim sendo, combinaram de se encontrar em um centro comunitário em Varsóvia, na Polônia
Entretanto, desde essa data, seus caminhos se separaram. Ele foi morar com a família em Levittown, na Pensilvânia, enquanto que Spitzer foi residir em Nova York com o marido. Todavia, passados 72 anos, eles se reencontraram nos Estados Unidos.
De acordo com o New York Times, o aguardado reencontro finalmente aconteceu em 2016, no apartamento de Spitzer em Nova York, nos Estados Unidos. Foi a primeiríssima vez que eles se viram desde que foram presos em Auschwitz, há décadas.
Wisnia foi visitar Spitzer acompanhado de seus dois netos. Ela não tinha nenhum neto vivo, infelizmente, além de ter perdido parte da audição e da visão por conta da idade.
Spitzer confessou que ficou esperando por ele em Varsóvia, como eles haviam combinado. No entanto Wisnia, por conta do instinto de sobrevivência, não compareceu ao local em Varsóvia e acabou indo parar na América.
Antes de ir embora, Spitzer pediu a ela que cantasse mais uma vez, como ele fazia para ela em Auschwitz, ao que ele atendeu. Foi a última vez que se viram. Spitzer, que manteve o sobrenome Tichauer, do seu marido, faleceu em 2018, aos 100 anos de idade.