Estilo de vida
24/03/2020 às 10:00•2 min de leitura
Você certamente se deparou com as orientações de prevenção ao coronavírus. Se ainda não, está na hora de se precaver. Pelo fato de ele ser extremamente contagioso, uma das medidas mais difundidas diz respeito à quarentena voluntária, ou seja, evitar sair de casa e ter contato com outras pessoas.
Até agora, a expressão “distanciamento social” era utilizada, mas a Organização Mundial de Saúde quer mudar essa história e sugere o termo “distanciamento físico”. O motivo principal para essa alteração é deixar claro para a população que esse “isolamento” não quer dizer que não deva haver contato algum com familiares e amigos.
(Fonte: Unsplash)
A deputada do estado de Massachusetts, nos EUA, Ayanna Pressley concorda com a OMS. “Estamos criando distância física entre nós para frear a disseminação do vírus. Ainda assim, devemos nos dedicar a essa tarefa ao mesmo tempo em que mantemos nossas conexões sociais e comunitárias e um propósito comum”, afirma.
São diversos os impactos psicológicos de tantas mudanças em tão pouco tempo. Por isso, de acordo com o professor de psicologia da Universidade Stanford Jamil Zaki, substituir a expressão faz parte de uma estratégia para que enxerguemos a situação com outros olhos (que não despertem tanta solidão).
“Acho que deveríamos começar reformulando o que estamos fazendo neste momento. Devemos pensar como ‘distanciamento físico’ para enfatizar que podemos permanecer socialmente conectados mesmo estando separados”.
(Fonte: Unsplash)
Resumindo, tenha em mente que sair menos de casa não quer dizer que você deve, definitivamente, se isolar. Afinal, caso você more com família ou amigos, um convívio importante já acontece, inclusive, de maneira presencial. Além do mais, chamadas de vídeo, ligações, aplicativos de mensagem e mesmo redes sociais estão aí para a manutenção do contato com outras pessoas.
“Distanciamento é vital para conter a COVID-19, mas também é um perigo para seres humanos. Ironicamente, a mesma tecnologia que frequentemente apontamos como a culpada por destruir nosso tecido social pode ser a melhor chance de, agora, nos mantermos unidos”, finaliza Zaki.
Distanciamento social? Não, distanciamento físico, segundo a OMS via TecMundo