Estilo de vida
13/04/2020 às 10:00•2 min de leitura
O Ministério da Agricultura da China divulgou no dia 8 de abril um documento sobre animais para abate no país. Na lista, é possível ver uma nova política com relação aos cachorros. Agora, por lá, os cães não serão mais tratados como "gado" — animais que podem ser usados na alimentação —, da mesma forma como acontece com porcos, galinhas e vacas. Agora, os "doguinhos" são oficialmente animais de estimação.
O documento segue a linha da proibição nacional divulgada no último mês de fevereiro em relação ao comércio e consumo de animais silvestres na China. "Além do desenvolvimento da civilização humana e do cuidado do público com a proteção dos animais, os cães passaram de animais comuns para de companhia", afirma o anúncio do ministério chinês.
(Fonte: Unsplash)
Devido a diversas suspeitas generalizadas após o surto do novo coronavírus, a alta legislatura do país votou e aprovou a proibição do consumo de certos animais selvagens no país todo. Ainda há muita gente que acredita que essa prática alimentar possa ter ligação direta com a propagação do vírus e o desenvolvimento da covid-19, a doença que vem matando muitas pessoas em todo o mundo.
Vale lembrar que essas suspeitas surgiram inicialmente por conta de alguns dos primeiros casos confirmados de covid-19, ainda em Wuhan, na China, onde tudo aparentemente começou. Por lá era possível encontrar diversos animais silvestres e também frutos do mar ainda vivos para o comércio. As diretrizes diagnósticas iniciais, inclusive, estipulavam que os primeiros pacientes confirmados tinham alguma ligação com o mercado de animais da cidade.
O documento lista 13 tipos diferentes dos chamados animais tradicionais de abate, como porcos, vacas, galinhas e perus. Além deles, cerca de 18 animais entraram em uma categoria especial, incluindo veados. Como essa lista é dinâmica e ainda pode ser ampliada, o ministério ouvirá a opinião pública sobre o documento até o dia 8 de maio.
(Fonte: Unsplash)
Vale lembrar que Shenzhen, uma cidade ao sul da China, na fronteira com Hong Kong, tornou-se a primeira em todo o país a proibir o consumo de cães e gatos, além de animais selvagens terrestres. Isso ocorreu alguns dias antes das decisões do ministério virem a público.
Estima-se que cerca de 10 milhões de cães e 4 milhões de gatos são abatidos e comidos na China todos os anos, segundo o Animals Asia (grupo de bem-estar animal de Hong Kong). A prática é cada vez mais criticada em todo o mundo e até mesmo pelos chineses, sobretudo por conta da existência dos diversos amantes desses animais.