Ciência
20/01/2021 às 14:00•2 min de leitura
Quando enfim saiu da Casa Branca, às 8h da manhã de hoje (20) e embarcou em um helicóptero rumo à Base Andrews, Donald Trump tinha um destino certo: o seu luxuoso resort na Flórida, para onde foi transportado, pela última vez, pelo icônico Air Force One, o avião presidencial.
Porém, Trump não voltará (nunca mais) a ter uma vida normal. Depois de quebrar protocolos, tradições e até as leis, com atos polêmicos como não comparecer à posse de seu sucessor, ou incentivar a invasão do Congresso norte-americano, o agora ex-presidente terá que seguir uma série de regras, que são obrigatórias para todos os ex-mandatários dos Estados Unidos.
Embora seja uma pessoa que dirige, no máximo, um carrinho de golfe, o ex-presidente talvez se incomode em não poder mais dirigir. É que, como guarda muitos segredos, terá que viajar sempre em carros guiados por agentes do Serviço Secreto, para evitar um possível sequestro.
Todos os ex-presidentes norte-americanos continuam sendo constantemente informados sobre assuntos delicados de estado, situação que continua até o resto de suas vidas. Ou seja, eles saem do trabalho, mas o trabalho não sai deles.
Trump não tem cara de quem lê muitos livros, nem os seus próprios. Porém, uma lei federal de 1955 obriga que todos os ex-ocupantes da Casa Branca construam bibliotecas em algum lugar, para arquivar todos os documentos não-sigilosos relativos aos seus mandatos.
Uma coisa é a pessoa ser exibicionista, outra é não poder dar um passo até a esquina sem ser seguido por um bando de marmanjos armados. Barack Obama, por exemplo, já reclamou que não dá para relaxar nas férias. No caso de Trump, vai ser interessante ser seguido o tempo todo por vários agentes que ele infectou com covid-19, por não querer usar máscara.
Na verdade, ele não poderia ter celular já no momento em que se tornou presidente, pois o aparelho é proibido para chefes de estado norte-americanos, por questões de segurança. Ele conseguiu “dar um tomé” na sua segurança, o que não poderá continuar fazendo como ex-presidente.