Ciência
18/07/2021 às 09:00•2 min de leitura
Recentemente, uma onda de calor no Canadá chamou a atenção de todos. As temperaturas chegaram a 49 °C em alguns lugares e mais de 500 mortes súbitas foram registradas em 1 semana, podendo ter relação com as altas temperaturas.
Com as alterações climáticas, infelizmente, situações como essas serão mais comuns na estação mais quente do ano, mas o que ocorre com o nosso corpo quando está muito calor? Qual é a temperatura máxima que conseguimos suportar?
No momento, é verão no Hemisfério Norte. Comumente, a estação é esperada por muitos, afinal, em países que nevam, um pouco de calor e sol é sempre bem-vindo. Contudo, neste ano, o clima não está nada agradável. Em junho, Canadá, Estados Unidos, Portugal e Espanha apresentaram temperaturas acima do normal, o que tem ocasionado mal-estar em muitas pessoas.
Em Vancouver, estações de nebulização foram criadas para ajudar nos dias quentes. (Fonte: Reuters/Reprodução)
Como as altas temperaturas não são eventos isolados, é importante que as pessoas comecem a mudar hábitos e rotinas para preservar a saúde. Afinal, será preciso adaptação daqui para a frente para nos acostumarmos com as variações climáticas.
O professor de Saúde Ambiental e diretor do Programa de Clima e Saúde da Universidade de Boston reforça a importância de políticas públicas para garantir a saúde física e mental da população.
O pesquisador realizou um estudo detalhado para verificar como o calor impacta na saúde e bem-estar das pessoas. No estudo, ele utilizou métodos estatísticos para quantificar os impactos de um calor extremo no corpo humano.
Os dias quentes fazem as pessoas ficarem desidratadas e, em casos extremos, sofrerem de insolação. Além disso, as altas temperaturas agravam outras situações relacionadas ao calor, como problemas renais, infecções de pele e partos prematuros.
Os estudos também mostraram que altas temperaturas afetam negativamente nossa saúde mental. Uma pesquisa realizada em Nova York relacionou os dias quentes com maior número de visitas ao pronto-socorro por abusos de substâncias, transtorno de ansiedade, esquizofrenia e demência. Como o calor gera desconforto, temos um desempenho inferior em testes padronizados, maior risco de julgamento e de sofrer lesões.
Com altas temperaturas, manter-se longe do sol e hidratado é fundamental para garantir o bem-estar. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Outro grande problema é que cidades sem arborização criam ilhas de calor urbana, o que concentra ainda mais as temperaturas elevadas. Assim, idosos, mulheres grávidas e portadores de doenças preexistentes que moram nessas regiões correm um risco maior de se sentirem mal.
Portanto, é importante que principalmente profissionais que trabalham em áreas externas e diretamente no sol se cuidem, protegendo o corpo, hidratando-se e fazendo pausas que permitem ao corpo se resfriar.