
Ciência
28/07/2021 às 13:00•3 min de leitura
No período medieval da realeza na Inglaterra, o papel de uma mãe ia além de educar e cuidar de seu filho; em muitos casos, ela precisava protegê-lo da ganância pelo poder do próprio pai. Em uma época em que a sucessão ao trono não era nada fixo, essas mulheres precisavam garantir que seus filhos tivessem algo — nem que fosse à força.
No decorrer do governo do Império Romano na Grã-Bretanha, as esposas dos imperadores eram apenas figuras públicas que não possuíam nenhum título de realeza ou poder político. No entanto, no século X, Elfrida, esposa do rei Edgar da Inglaterra, recusou-se a perpetuar aquele ciclo de viver nas sombras de seu marido.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Edgar já tinha Eduardo, o Mártir, quando se casou com Elfrida, mas ela insistia que seus filhos eram mais adequados para governar. Então, para que isso acontecesse, ela assassinou Eduardo e concedeu o título ao seu filho Etelredo II. Esse ato, como mãe medieval, abriu o caminho para que outras seguissem o exemplo da "madrasta mais perversa e odiada da Europa".
Etelredo II. (Fonte: History Hit/Reprodução)
Etelredo II, conhecido como "o despreparado", foi um desastre como governante após a morte de seu pai, permitindo que os vikings atacassem incessantemente a Inglaterra e reinassem por duas gerações. Então, incapaz de esperar que o reinado dos vikings acabasse, Emma da Normandia, uma das duas mulheres de Etelredo II e mãe de Edmundo II da Inglaterra, decidiu se casar com o rival de seu filho em vez de matá-lo, como fez Elfrida. Em 1017, meses após a morte de seu marido, Emma se tornou rainha da Inglaterra pela segunda vez, porém noiva do rei dinamarquês Canuto.
O tiro saiu pela culatra, pois seu filho se sentiu traído porque não sabia se a mãe havia feito isso porque valorizava sua posição como rainha ou para protegê-lo. Como retaliação, assim que Edmundo II se tornou rei, ele ordenou que Emma entregasse as chaves ao tesouro real, confiscou grande parte de suas propriedades e despejou-a da corte real inglesa.
Emma da Normandia. (Fonte: Curiosidade de la Historia/Reprodução)
Quando Guilherme, o conquistador, primeiro rei normando da Inglaterra e descendente de vikings, saiu vitorioso de uma longa guerra para conquistar a Inglaterra pela Normandia, a principal ameaça aos herdeiros reais deixou de ser o ataque dos vikings e se tornou os próprios pais.
Filhos adultos administravam seus próprios negócios, inclusive tinham cavaleiros e soldados de infantaria, significando que pais e filhos iam para a guerra, e apenas a intercessão da rainha poderia permitir que ambos fizessem as pazes sem perderem a honra.
Matilde de Flandres. (Fonte: Pinterest/Reprodução)
Em 1077, Matilde de Flandres, esposa de Guilherme, viu seu filho mais velho, Henrique I, liderar uma rebelião contra o seu pai. Em 1079, eles já estavam em lados opostos do campo de batalha, travando uma guerra.
Com muito esforço, ela conseguiu reestabelecer a paz entre pai e filho até a sua morte, em 1083, quando Guilherme quebrou o acordo ao impedir que Henrique I herdasse a Inglaterra, deixando o reinado para seu segundo filho.
Leonor de Aquitânia, por sua vez, fez o melhor para seus filhos ao se juntar em uma revolta contra seu marido, Henrique II — cujo avô era Henrique I. Então, Henrique II enganou-a fazendo uma demonstração de perdão aos filhos, reestabelecendo elo entre eles, mas mantendo a esposa confinada pelo resto de seu reinado.
Leonor de Aquitânia. (Fonte: Pinterest/Reprodução)
A rainha foi rotulada como "problemática" e repreendida pelos clérigos por falhar como esposa e mãe. A reputação dela só melhorou durante o reinado de seu outro filho, Ricardo Coração de Leão. Portanto, só em meados do século XIII que uma lei de sucessão ordenada começou a tomar forma na Inglaterra, visando derrotar os conflitos reais de eras e o esforço das mães medievais em conseguir a qualquer custo o melhor que poderia para seus filhos.
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