Ciência
04/07/2022 às 09:00•2 min de leitura
Vivemos uma espécie de onda conservadora de pessoas que se opõem às minorias, tais como a comunidade LGBTQIAPN+. Há dados que, nos Estados Unidos, houve um aumento gigantesco de projetos de lei que buscar cassar os direitos deste grupo, focando especialmente em projetos contra pessoas transgênero.
Este é um assunto muito sério, pois põe em risco direitos conquistados depois de muita luta. Um reflexo dessa onda está no aumento de perfis e páginas que buscam corroer a luta LGBTQIAPN+, mas também no aumento de políticos que combatem abertamente estas conquistas. Neste texto, damos 5 dicas do que você pode fazer para ajudar a confrontar estas manifestações antidemocráticas.
(Fonte: Shutterstock)
Muitas vezes, os abusos costumam vir de instâncias mais altas da política. Entretanto, uma luta efetiva pode ocorrer de forma local, na cidade que você mora.
Se você souber de projetos ou de políticos locais que estão ativamente fazendo ações que visam caçar direitos LGBTQIAPN+, coloque a boca no trombone. Agir de forma local costuma ter efeitos mais imediatos, uma vez que políticos menores dependem muito mais de cada um dos votos que os elegeu.
Não poupe esforços para falar alto. Há várias maneiras de fazer isso: participando de protestos, organizando campanhas em mídia social e fazendo boicotes. Tudo isto pode não apenas chamar atenção dos políticos, mas da própria mídia, repercutindo muito mais a sua ação. Uma má repercussão de um projeto de lei nocivo pode significar o fim dele.
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Se você é uma pessoa LGBTQIAPN+, é sempre uma boa ideia aproximar-se dos grupos que também estão lutando pelos seus direitos. Há vários deles no Brasil, por isso destacamos apenas algumas: a Casa 1, em São Paulo; o SOMOS, em Porto Alegre; a Casa Nem, no Rio de Janeiro; o Grupo Gay da Bahia; o Grupo Dignidade, em Curitiba.
Muitas pessoas queer se sentem excluídas nos ambientes que frequentam, então se aproximar destas organizações pode ajudar a encontrar sua "turma" e possibilitar que você possa agregar nesta luta.
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Pode ser que você more numa cidade pequena, onde esses grupos inexistem. Nestes casos, a sensação de isolamento é ainda mais dura - muitas vezes, a comunidade LGBTQIAPN+ não consegue nem se reconhecer entre si.
Se você tiver meios para isso, talvez seja uma boa começar a organizar um evento comunitário ou se colocar à frente do ativismo na sua localidade. Ainda que seja uma batalha difícil, pode ser um primeiro passo para fundar uma comunidade forte e acolhedora, o que facilitará a luta em prol dos seus direitos.
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Estamos em ano eleitoral, o que significa que, em breve, teremos a chance de escolher nosso presidente, deputados e senadores. É uma oportunidade e tanto de realmente pesquisar os candidatos e escolher aqueles que se manifestam em prol da luta LGBTQIAPN+.
Apoiar também os candidatos da própria comunidade é provavelmente o jeito mais lógico de garantir que as pautas do grupo sejam consideradas pela política nacional. Por isso, engaje-se nesta luta e faça campanha pelos candidatos que você confia.
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São tempos sombrios para todo mundo. A desigualdade social está agravada, e a onda conservadora faz com que grupos minoritários se sintam ameaçados como há um bom tempo não se sentiam.
Por vezes, é difícil não desanimar, mas este é um desafio de todos nós. Unir-se aos nossos pares é uma forma de driblar a desesperança, já que, juntos, sempre seremos mais fortes. Quando tudo parece estar desabando, às vezes o melhor apoio que teremos será uns com os outros.