Artes/cultura
03/10/2022 às 02:00•2 min de leitura
Todo mundo sabe disso: comprar coisas é uma atividade muito gostosa. Para a maior parte das pessoas, adquirir bens está ligado à sensação de prazer. Mas até pouco tempo, não havia uma explicação científica para isso.
Afinal, o que acontece no nosso cérebro quando estamos fazendo compras? Veja o que as pesquisas já nos mostraram sobre isso.
(Fonte: Shutterstock)
Os americanos até já criaram um termo para designar este prazer: seria a “terapia de shopping” ou "terapia da compra", que descreve a sensação boa que nos leva a comprar algo para nos sentir melhor ou comemorar quando temos alguma vitória. Isso ocorre porque comprar libera dopamina no cérebro, o neurotransmissor ligado ao prazer e à satisfação.
52% dos americanos relatam fazer compras para melhorar seu humor. Curiosamente, há psicólogos que acreditam que realmente gastar algum dinheiro pode ser uma boa saída para relaxar e ter até alguns fins terapêuticos.
Um estudo feito na Universidade Northwestern demonstrou que, depois de passar por uma experiência estressante ou humilhante, os consumidores tendem a gastar mais. Mas a pesquisa também evidenciou que as pessoas gastam quando sentem que uma situação ruim está se aproximando.
Neste caso, a compra pode servir como um apoio que aumenta a confiança da pessoa diante de uma experiência potencialmente frustrante. Todo mundo já teve vontade de comprar uma roupa nova para ir a uma entrevista de emprego ou para se exibir na frente do ex, por exemplo.
O grande problema é conseguir notar quando a compra deixa de ser um hábito saudável e passa a se tornar uma compulsão.
(Fonte: Shutterstock)
Obviamente, a questão aqui é a medida: se você não consegue evitar fazer compras que o deixam endividada ou endividado, é claro que o hábito vai se tornar uma grande fonte de sofrimento.
Por isso, os especialistas dão dicas de como saber se você está fazendo uso dessa "terapia" ou está passando do seu limite. Aqui estão algumas perguntas que você pode se fazer.
Todos sabemos que muitos fatores interferem na hora em que fazemos compras. O marketing, aliás, é especialista em nos estimular a gastar. Por isso, é importante ter clareza sobre as decisões de compra que se está tomando e assegurar que os fatores externos (por exemplo, as vitrines, a música e o cheiro da loja, etc.) não estão interferindo mais do que o necessário.
Verifique se a compra causa algum tipo de ansiedade em você. Por exemplo, você vê uma promoção e depois fica um longo tempo se preocupando se perdeu uma boa oportunidade.
Se você passa muito tempo pesquisando os itens que gostaria de comprar, e este é um dos seus hobbies favoritos — tomando tempo que você poderia fazer outras coisas — pode haver aí um sinal de alerta.
Por fim, o que deveria ser óbvio: se você gasta com essas compras supérfluas mais do que consegue pagar, há um claro problema aí. Se você sente que não consegue parar de comprar, está na hora de procurar ajuda.