Ladeira abaixo! Como foi a 'corrida maluca' da Red Bull no interior de SP?

Sim! A “corrida maluca” existe e aconteceu no último domingo (09) na cidade de Ribeirão Preto, SP. Pela primeira vez, a consagrada competição de carrinhos sem motor da Red Bull foi disputada fora de uma capital em sua 7ª edição em terras brasileiras. E o Mega Curioso esteve lá para contar como foi!

O Red Bull Ladeira Abaixo é a versão nacional da Soapbox Race, uma clássica corrida de carrinhos sem motor que usam apenas a gravidade para se locomover. É como os nossos carrinhos de rolimã, só que mais, digamos, incrementados… A competição começou no ano 2000 na Bélgica e desde então já passou por diversos países, tendo chegado ao Brasil no ano de 2008.

De volta ao Brasil!

(Fonte: Alemão Silva/Red Bull Content Pool)

Depois de um hiato de 3 anos por causa da pandemia, a prova volta ao Brasil com uma seleção incrível de competidores que desenvolvem seus próprios carros e abusam da criatividade na hora de personalizar seus veículos de corrida. A gente conheceu cada um deles no dia anterior à prova em um espaço aberto especial para o armazenamento das máquinas antes de saírem ladeira abaixo.

Entre os que mais chamaram a atenção, estão o clássico carro dos Flintstones; uma equipe de Ursinhos Carinhosos meio duvidosa; um incrível pão de queijo recheado (pelo piloto, claro); um veículo cujo assento é nada menos que um vaso sanitário; um carro com um dinossauro numa jaula; um veículo “abelhudo” conduzido por apicultores; e um clássico do folclore urbano nacional: o carro do ovo!

Galeria 1

E se você pensa que essa alegoria toda é desnecessária, você se engana: entre os quesitos avaliados pelos jurados da prova — a atleta de kiteboarding Bruna Kajiya, o influenciador Lucas Olioti, a cientista Verena Paccola e o dançarino Pelezinho —, a criatividade está em lugar importante para sair vencedor.

(Fonte: Fabio Piva/Red Bull Content Pool)

Além dessas personalidades, tivemos comentários do piloto Cacá Bueno e do influenciador Gustavo Tubarão, com reportagens do surfista Pedro Scooby, dos influenciadores Léo Picon e Gabô Pantaleão, e apresentação de Thaynara OG.

A prova

(Fonte: Alemão Silva/Red Bull Content Pool)

Além de toda a criatividade para se vestir, se apresentar e decorar o carro, o Red Bull Ladeira Abaixo consiste em uma competição que beneficia, é claro, a melhor performance de descida na ladeira de 300 metros. A pista foi montada em uma avenida de Ribeirão Preto ladeada pelos icônicos fardos de feno que já viraram símbolo da disputa e que contava com a ladeira inicial — essa mais inclinada, para dar aquele embalo — duas rampas de salto e dois obstáculos em forma de curva, tudo isso para desafiar a velocidade e a agilidade do carrinho e do piloto.

Uma estrutura robusta é extremamente crucial para aguentar os trancos dos saltos, mas tudo tem que ser equilibrado, pois algo muito pesado pode atrapalhar na hora do contorno das curvas. O piloto também tem que saber a hora certa de usar o freio, pois as descidas rápidas realmente chamam mais a atenção e ganham os jurados. Vale lembrar que não existe contagem de tempo para a descida — tudo depende do quanto o percurso pareceu emocionante e radical.

Testemunhamos muitas quedas durante a prova, o que inevitavelmente faz parte do entretenimento (acho que até por parte das vítimas dos acidentes, que saíam sempre vibrantes das capotagens). Felizmente ninguém saiu da prova com mais do que algum hematoma e no máximo uma cartelinha de analgésico para tomar na segunda-feira.

(Fonte: Alemão Silva/Red Bull Content Pool)

A lógica da competição é a seguinte: a equipe a descer a ladeira apresenta aos jurados seu carro e uma performance de dança (muitas vezes questionáveis em termo de qualidade). Tudo isso já conta para a nota final. Em seguida parte ladeira abaixo em busca de uma descida emocionante e que pelo menos chegue até a barreira de feno no outro extremo da pista com um gran finale.

Fica aqui o destaque para algumas equipes que ganharam o coração do público, presente em massa na lateral da pista: o time do Abelhudo, campeão da edição anterior realizada em 2019, na cidade de São Paulo, com um carro muito veloz e estável; o Red Bule Floripa, com o carro Big Wave, que se partiu ao meio no caminho, a parte da frente se acidentou, mas a parte de trás chegou veloz até o final; o Sub Óbito, quer inovou com o carro Califórnia Brasileira e levou um participante deitado em uma rede numa performance impecável (confesso que esse era meu favorito); e o belíssimo carro do ovo da equipe Ovo Choco.

O pódio

(Fonte: Fabio Piva/Red Bull Content Pool)

Das 49 equipes participantes tivemos o pódio formado ao final do evento: em 3º lugar, a equipe Chiva Colombiana, de Campinas (SP), que trouxe uma versão de um ônibus chiva clássico da região rural da Colômbia; em 2º lugar o time LEALdade, de Bebedouro (SP), com o carro Juras Que É Park e seu carinhoso dinossauro enjaulado; e o campeoníssimo, o Pão de Queijo Recheado de Belo Horizonte (BH), que ganhou os jurados e o público com a homenagem a essa que é uma das mais populares iguarias não só mineiras, mas brasileiras.

João Antunes, Ronnye Antunes, Cirineu Borges e Marcelo Vieira, que assumiram o papel de recheio do pão de queijo, cada um vestido como queijo, presunto, frango e goiabada, já haviam participado do Red Bull Ladeira abaixo em sua edição de 2011, lá na terra natal deles, a capital mineira. Só que dessa vez, foi para se consagrarem campeões!