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07/02/2023 às 04:00•2 min de leitura
O nascimento de uma criança é um ato celebrado em todo o mundo. O que é diferente, apenas, são as formas como se comemora um novo bebê na família. Seja pura e simplesmente por questões culturais, ou até mesmo por influência religiosa, cada nação vai ter hábitos peculiares que podem chamar a atenção.
E fique claro, nem estamos falando de chá de revelação. Os costumes podem ir de uma simples competição para descobrir qual é o bebê mais rápido em engatinhar (que, obviamente, leva um tempo maior entre o nascimento e a realização da "cerimônia"), ou o isolamento da gestante, considerada impura. Ficou curioso? Confira nossa seleção.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A cena pode parecer asquerosa, mas até mesmo no Brasil há quem pratique a ingestão da placenta. Na China, Jamaica e partes da Índia, o ritual é parte da cultura. Ele é feito para que as mães absorvam hormônios e outros nutrientes que tenham ficado retidos na placenta durante o período de gestação.
A medicina moderna sugere que essa prática pode auxiliar no alívio do estresse, ajudando, ainda, na redução da depressão pós-parto, tudo em virtude da carga elevada de hormônios presentes no órgão.
Todavia, alguns pesquisadores pensam que os métodos de preparo eliminam todas as possibilidades de benefícios, já que o cozimento destruiria os hormônios e demais proteínas, além de que seu consumo in natura colocaria a saúde em risco.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Bali também é um país em que a placenta possui papel importante, em um ritual conhecido como ari ari. Todavia, o costume mais curioso no país é o que não permite que o bebê toque o chão até que complete três meses.
Na cultura local, os recém-nascidos são considerados puros, de tal maneira que seu contato com o chão o contaminaria com a maldade do mundo. Logo, a criança precisaria esperar esse período inicial e passar por uma cerimônia formal, de modo a ser protegida das más influências espirituais.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Rituais são rituais, há de serem respeitados. Isso, contudo, não significa que não possamos estranhá-los. Um bom exemplo é a tradição irlandesa de esfregar o bolo de casamento dos pais na testa do recém-nascido.
A tradição é antiga, surgida em um período no qual os casais costumavam ter seu primeiro filho ainda no ano inicial do matrimônio. A lógica seria de espalhar as bênçãos do casamento também no fruto na união, isto é, o bebê.
Por essa razão, os bolos de casamento na Irlanda costumam ser grandes, de modo que, após servido na festa, parte dele possa ser guardado até a chegada do primeiro filho.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Diferentes locais no mundo criaram rituais envolvendo saliva e os bebês. Na Mauritânia, por exemplo, consideram que a saliva humana é capaz de reter palavras e sabedorias. Deste modo, um recém-nascido é abençoado pelas mulheres de sua família recebendo cuspes na face, enquanto os homens cospem em seus ouvidos.
Na Nigéria, o ancestral vivo mais antigo da família mastiga pimenta, cospe no dedo e a espalha na boca do bebê. A ideia é que isso ajude a criança a se tornar um bom orador.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Banhos frescos costumam ser recomendados para auxiliar bebês recém-nascidos em dias de muito calor. Na Guatemala, no entanto, é uma prática comum entre mulheres de origem maia dar banho gelado em bebês.
Quando as crianças nascem nas épocas mais quentes do ano, é tradição mergulhá-las em águas muito geladas, de maneira a combater o calor e a formação de assaduras. Quem vê o ritual pode ficar assustado, já que as crianças podem chorar muito, sem que suas mães sejam demovidas da ideia de mantê-las no frio até o fim do banho.