Artes/cultura
13/04/2023 às 04:00•2 min de leitura
Se você é um fã de História, com certeza já ouviu falar sobre os guerreiros espartanos. A fama desses soldados é lendária, e é fácil entender por quê. Eles eram temidos por seus inimigos e eram a elite militar da Grécia Antiga. Mas, afinal, como era o processo para se tornar um guerreiro espartano?
Os espartanos valorizavam acima de tudo a disciplina e a força física, e acreditavam que a melhor forma de garantir a segurança de sua cidade era treinar seus cidadãos para a guerra desde cedo.
A preparação dos guerreiros começava aos 7 anos. (Fonte: Getty Images)
Para começar, o processo de se tornar um guerreiro espartano começava desde o nascimento. Os bebês eram examinados para determinar se eram saudáveis o suficiente para se tornarem futuros soldados. Caso contrário, eram abandonados nas montanhas para morrer.
Se um bebê era considerado saudável, era levado para casa e criado por sua mãe até os sete anos, quando começava sua educação formal. Isso acontecia em acampamentos de treinamento espartanos onde meninos e meninas recebiam treinamento físico intenso.
À medida que os meninos espartanos envelheciam, o treinamento se tornava cada vez mais intenso. Eles passavam a viver em barracas coletivas, onde dormiam em camas duras e comiam refeições espartanas rigorosamente controladas. À medida que cresciam, começavam a praticar técnicas de luta em grupo, táticas de guerra e treinavam para se tornarem membros da guarda pessoal do rei, os temidos "300".
Não há um consenso sobre como era o ritual final pelo qual passavam os jovens espartanos. (Fonte: Getty Images)
Aos 20 anos, os jovens espartanos entravam na próxima fase de sua educação. Eles podiam ingressar em um clube do qual só homens podiam participar. Nesses clubes os espartanos jantavam juntos e praticavam outras atividades que tinham como objetivo fortalecer os vínculos entre os guerreiros.
Além dos clubes, aos 20 anos os homens espartanos também passavam por um ritual conhecido como Cripteia. Alguns estudiosos acreditam que o ritual envolvia a busca e o massacre de escravos desprevenidos. Outros afirmam ser apenas um teste de sobrevivência e resistência.
No entanto, o sucesso após tal ritual não significava que o treinamento havia terminado. A educação formal de um espartano chegava ao fim aos 30 anos, mas eles continuavam a treinar regularmente em táticas de batalha e manobras disfarçadas de jogos e exercícios.
As mulheres espartanas também recebiam treinamento físico. (Fonte: Getty Images)
Enquanto outras sociedades gregas mantinham mulheres separadas dos homens, as meninas espartanas também eram submetidas a uma educação física rigorosa. Elas aprendiam a lutar, correr, saltar e dançar, além de praticarem esportes como arremesso, luta livre e corrida. Mas, diferente dos homens, elas ficavam longe das batalhas, já que essa preparação servia para elas darem vida a bebês saudáveis que seriam as próximas gerações de guerreiros.