Estilo de vida
12/08/2023 às 14:00•2 min de leitura
Se você acha que somente as pessoas de hoje sofrem com o padrão para ficarem bonitas e elegantes, pense de novo. Você nem faz ideia do que os seres humanos já fizeram ao longo da história com a crença de que ficariam mais agradáveis aos olhos dos outros.
Duvida? Então confira esta lista com as quatro tendências estéticas mais bizarras – e até mortais.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No Antigo Egito, havia uma moda usada por pessoas de praticamente todas as classes sociais: o delineador kohl, que foi registrado pela primeira vez por volta de 3100 a.C. Ele era utilizado para delinear e realçar os olhos, protegendo-os do forte sol da região do Nilo. Os egípcios também acreditavam que isso os salvava de infecções oculares.
Acontece que os mais ricos usavam um delineador mais arrojado, enquanto os pobres desfrutavam de um kohl falsificado, no qual era adicionado fuligem e outros aditivos químicos. Às vezes, era agregado galena, um mineral composto de sulfeto de chumbo.
Para passar nos olhos, as pessoas molhavam o kohl na saliva, sem nem imaginar que estavam ingerindo uma substância tóxica. O envenenamento por chumbo é algo que ocorre aos poucos no organismo, que vai apresentando perdas de memória, dor nos músculos, pressão alta, dores de cabeça. Em casos mais graves, é capaz de levar à morte.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre os séculos XV e XVII, um sapato fez muito sucesso por toda a Europa. O chopine era um calçado de plataforma incrivelmente alto, que acrescentava muitos centímetros a quem o usava.
Funcionava quase como um pedestal que elevava a pessoa, por isso, o modelo foi se tornando muito popular, mas não era nada funcional: os sapatos eram péssimos para fazer uma caminhada no campo, por exemplo. Além disso, levar um tombo usando um desses adereços era realmente perigoso.
Alguns modelos chopine chegaram a atingir 50 cm de altura, fazendo com que o governo criasse uma lei limitando seu tamanho. Por conta desse exagero, era comum que um aristocrata andasse com um servo ao lado para poder se segurar e se equilibrar. Há quem diga, inclusive, que ele foi sugerido pelos maridos às esposas para que elas permanecessem dentro de casa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O surgimento das chamadas “perucas empoadas” (aquelas bem pomposas que aparecem em filmes de época) foi motivado por um fato bizarro. Elas foram popularizadas para cobrir as cabeças carecas – que eram uma consequência de uma pandemia de sífilis na Europa.
A partir de 1655, a moda pegou. O rei Luís XIV da França começou a utilizar uma, assim como Carlos II, da Inglaterra. Aos poucos, a tendência foi colando na alta sociedade. Quanto maior fosse a peruca, mais status tinha a pessoa.
Além de disfarçar o sintoma de uma doença venérea, as perucas tinham ainda outra função: elas afastavam os piolhos. Isso se devia ao fato de que a pessoa tinha que manter a cabeça raspada para usá-la, além de ter que higienizar constantemente a peruca (imagina-se que elas lavavam o cabelo com menos frequência).
(Fonte: Wikimedia Commons)
Outra moda sinistra do século XVII é um adereço de cabelo chamado fontange, muito usado pelas mulheres da alta classe. O penteado ganhou esse nome por conta da Marquesa Fontange, que foi durante algum tempo a amante do rei Luís XIV da França.
Ele consistia em uma espécie de aba de arame que era colocada na parte de trás da cabeça. Na frente, o adereço era coberto por vários enfeites, como tecidos de luxo, penas, rendas e fitas.
Era bem difícil equilibrar um na cabeça, e até meio perigoso. Tanto que, em 1711, uma mulher da corte francesa foi ao teatro usando o seu e acabou encostando num candelabro. Por consequência, ele pegou fogo e a dama acabou morrendo.