4 regiões vinícolas que você provavelmente nunca ouviu falar

13/08/2023 às 04:003 min de leitura

Há pelo menos 8 mil anos que conhecemos a técnica de fermentar uvas e fazer vinho. Já na Idade Média, havia alguns vinhedos nas margens dos países da Europa, indo de Portugal até a Hungria.

Algumas dessas regiões se tornaram bem tradicionais na produção da famosa bebida. Saint-Émilion, na França, foi a primeira região vinícola histórica a ser nomeada Patrimônio Mundial da UNESCO, e outras partes se tornaram muito conhecidas desde então. Mas, se você é amante de um bom vinho, saiba que há outras regiões menos populares que têm se destacado entre os enólogos. Neste texto, compartilhamos quatro delas.

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1. Região Floral do Cabo, África do Sul

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A Região Floral do Cabo, na África do Sul, impressiona por conta da sua diversidade de flores. Ela ocupa menos de 0,5% do continente, mas tem uma flora extremamente rica, contando com cerca de 9 mil espécies de plantas.

Ainda no século XVII, os holandeses introduziram o plantio de uvas para produção de vinhos no local. Desde então, as cidades de Stellenbosch, Franschhoek e Paarl se tornaram uma parte importante da Reserva da Biosfera Cape Winelands, em que se produz vinhos de grande qualidade. Os visitantes que forem para lá podem passear em pelo menos cinco rotas e degustar das deliciosas bebidas produzidas na África.

2. Tokaj, na Hungria

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Nas encostas das montanhas Zemplen, na Hungria, há uma rica região vinícola com pelo menos mil anos. É de lá que surge o famoso Aszu, um vinho doce descrito por Luís XV como o "vinho dos reis". Mas os produtores húngaros também nos trazem muito mais.

São cerca de 40 comunidades produtoras de vinho Tokaj, que conservam uma boa parte de seu patrimônio histórico. O local é cheio de castelos medievais e fazendas históricas onde 600 vinicultores se dedicam à produção.

Há dois eventos anuais que ocorrem por lá. Em abril, o Tokaj Wine Festival é momento em que os produtores abrem suas adegas ao público e promovem uma grande festa. E, em outubro, há o Harvest Fest, com uma pegada mais tradicional, mas que também oferece a degustação de vinhos da região.

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3. Vale do Alto Médio Reno, na Alemanha

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Também há muitos vinhos bons na Alemanha. Mais especificamente, a região do Vale do Alto Médio Reno se tornou bem tradicional, já que começou sua produção há muito tempo, por volta do século IV. Lá, a uva mais cultivada é a Riesling, que gera um delicioso vinho branco bem leve.

A principal cidade vinícola da região é Rüdesheim am Rhein, que é cheia de trilhas para caminhadas. É no local que acontece o Rüdesheim Wine Festival, que dura cinco dias e mistura vinho, comida e música ao vivo. 

4. Ilha do Pico, Açores, Portugal

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A Ilha do Pico, nos Açores, é uma região vinícola construída com muito esforço, uma vez que foi preciso "dominar" a paisagem rochosa de basalto do local para poder plantar as uvas. Os agricultores da ilha perseveraram e conseguiram construir por lá grandes casas, igrejas e adegas, iniciadas ainda no século XV.

Quando chegou no século XIX, a indústria do vinho do Pico estava no auge. Contudo, uma onda de doenças destruiu boa parte dos vinhedos da ilha, obrigando os produtores a, mais uma vez, se unirem para recomeçar tudo do zero. 

Quem vai até o local consegue fazer um mergulho na história do vinho do Pico e participar de passeios nos vinhedos antigos. Um ponto imperdível é o Museu do Vinho, que está instalado dentro de um convento do século XVI, onde frades carmelitas se dedicavam à produção desta preciosa bebida.

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