Estilo de vida
03/10/2023 às 06:30•2 min de leitura
Muita gente curte tanto as histórias macabras que gostam até de colocar destinos mórbidos nas suas viagens. Essa prática tem até um nome específico: chama-se "turismo sombrio", e envolve a vista a locais famosos que costumam ser associados à morte e às tragédias.
Não pense que isso é um fenômeno recente. De acordo com J. John Lennon, professor da Glasgow Caledonian University, a realização do turismo sombrio existe desde o tempo em que as pessoas viajavam para ver os locais onde ocorreram a Batalha de Waterloo, que levou à queda de Napoleão Bonaparte. Se você quer visitar alguns locais bem sinistros, confira a lista que preparamos.
(Fonte: Wikipedia)
Em 79 d.C., o Monte Vesúvio entrou em erupção com uma força gigantesca, liberando gases tóxicos e detritos vulcânicos que levaram à destruição completa das cidades de Herculano e Pompeia. Quase 2 mil anos depois, as ruínas de Pompeia se tornaram uma das atrações turísticas mais visitadas da Itália.
Isso porque as cinzas vulcânicas cobriram e preservaram totalmente os resquícios da cidade. Visitar o local é se sentir parte da história, embora milhares de pessoas mortas estejam literalmente naquele local.
(Fonte: GettyImages)
Um passeio extremamente angustiante é o que acontece no Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau, que foi inaugurado em 1947 em Oswiecim, na Polônia. Auschwitz, vale lembrar, foi o maior campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial.
Estima-se que mais de 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas ou morreram lá por doenças decorrentes das más condições do local. O local acabou sendo preservado e transformado em museu, para que se tornasse uma lembrança viva da capacidade para a maldade que os seres humanos podem ter.
(Fonte: Wikipedia)
Os ataques terroristas ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, são considerados um ponto de virada no mundo moderno. O local da tragédia se tornou o Marco Zero, e é lá que se presta homenagem às quase 3 mil vidas que foram perdidas naquele dia.
Estima-se que o local, que junta um memorial e um museu, seja um dos destinos de turismo sombrio mais visitados do mundo. A construção apresenta dois espelhos d'água gêmeos que simbolizam as Torres Gêmeas. O nome de cada uma das vítimas está gravado em painéis de bronze em volta dessas fontes.
(Fonte: Wikipedia)
Inaugurado em agosto de 1955, o Museu Memorial da Paz de Hiroshima, no Japão, tem como missão preservar as histórias das pessoas que foram atingidas em 6 de agosto de 1945 do primeiro ataque com bomba atômica do mundo, praticado pelos Estados Unidos.
O museu recebe cerca de 1 milhão de visitantes por ano. Dentro dele, pode-se encontrar depoimentos das vítimas, além de exposições que retratam os horrores da guerra e das armas nucleares. Conforme uma informação presente no local, "cada um dos itens exibidos incorpora a tristeza, a raiva ou a dor de pessoas reais. Tendo agora recuperado da calamidade da bomba atômica, o desejo mais profundo de Hiroshima é a eliminação de todas as armas nucleares e a realização de uma comunidade internacional genuinamente pacífica".
(Fonte: Wikipedia)
As catacumbas de Paris são um dos pontos de turísticos mais visitados na França. Mas elas apresentam o registro de um momento histórico bem macabro: no século XVIII, os cemitérios de Paris estavam lotados e o descarte inadequado dos corpos gerava doenças. Por isso, a cidade resolveu criar ossários subterrâneos.
Estes espaços abrigam os restos mortais de mais de 6 milhões de parisienses falecidos. Dá para fazer visitas guiadas e aprender sobre a história da cidade, enquanto se tem como paisagem milhões de crânios e ossadas humanas que ainda resistem.