6 acidentes em águas profundas que abalaram o mundo do mergulho de saturação

O mergulho de saturação é uma profissão que leva seus praticantes a profundidades incríveis para realizar tarefas submarinas. Apesar de protocolos rigorosos, acidentes traumáticos acontecem, e resultam em perdas irreparáveis. Conheça seis acidentes que levaram a tragédias devastadoras na exploração submarina.

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1. Johnson Sea Link

(Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1973, durante uma missão ao largo da costa de Key West, nos EUA, o submersível Johnson Sea Link foi incumbido de auxiliar no afundamento de um recife artificial. A bordo estavam os mergulhadores Edwin Link e Albert Stover, engajados na tarefa de avaliar as condições do recife.

A missão se transformou em uma tragédia quando a embarcação ficou presa nos destroços de um contratorpedeiro. Os mergulhadores perderam suas vidas devido ao envenenamento por dióxido de carbono durante os esforços de resgate.

2. Waage Drill II

Sistema de saturação portátil com bloqueio lateral. (Fonte: Wikimedia Commons)

O acidente do Waage II, que aconteceu em 1975 na costa da Escócia, foi marcado por uma série de eventos trágicos durante o processo de descompressão submarina. Os mergulhadores enfrentaram um vazamento de gás durante a descompressão, levando-os a mudar para uma câmara mais profunda.

Nesse cenário crítico, um supervisor, encarregado de fornecer hélio para selar o vazamento de gás, inadvertidamente enviou uma quantidade excessiva da substância para a câmara. Essa ação resultou em uma rápida queda de pressão interna para cerca de 200 metros, acompanhada de um aumento alarmante na temperatura. Incapazes de respirar adequadamente nessas condições extremas, os dois mergulhadores acabaram sucumbindo à hipertermia após algumas horas.

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3. Venture One

Representação de um sino de mergulho. (Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1977, no Venture One, durante um mergulho rotineiro no Mar do Norte, o mergulhador Craig Hoffman caiu do sino de mergulho sem máscara, inalou água e morreu por afogamento. Uma situação inesperada durante um mergulho aparentemente comum.

4. Wildrake

Placa decorativa norueguesa representando o Wildrake. (Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1979, durante uma operação, o sino de mergulho do navio Wildrake se desconectou do cabo de elevação quando estava a 160 metros de profundidade, deixando dois mergulhadores comerciais, Richard Walker e Victor Guiel, à deriva.

As tentativas prolongadas de resgate, realizadas pela empresa petrolífera, não foram suficientes para salvar a dupla. Em condições adversas, sem eletricidade ou calor fornecidos ao sino de mergulho, os dois mergulhadores morreram por hipotermia.

5. Byford Dolphin

(Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1983, na plataforma Byford Dolphin, no Mar do Norte, após um dia de trabalho em águas profundas, a equipe não conseguiu isolar adequadamente as câmaras de descompressão antes da subida.

Esse erro resultou em três mergulhadores sofrendo descompressão explosiva, uma condição em que bolhas de nitrogênio no sangue se expandem, causando a morte de forma horrível. Um quarto mergulhador foi ejetado violentamente por uma abertura estreita.

6. Submarino DOF

(Fonte: DOF Subsea/Reprodução)

Em 2017, na Austrália, a DOF Subsea protagonizou um episódio de negligência que teve sérias consequências para os mergulhadores envolvidos. Ao enviar a equipe para realizar trabalhos em um oleoduto subaquático, entre 237 e 270 metros de profundidade, a empresa falhou gravemente ao não fornecer os gases essenciais necessários para operar em condições extremas.

Esse erro resultou nos mergulhadores desenvolvendo a síndrome nervosa de alta pressão, uma condição desencadeada pelo uso de hélio em grandes profundidades. A gravidade dos sintomas revelou o impacto significativo da falta de preparação adequada. Como resultado, a empresa enfrentou ações judiciais, sendo responsabilizada por sua negligência.