Ciência
11/11/2024 às 12:00•3 min de leituraAtualizado em 11/11/2024 às 12:00
O termo influenciador está muito na moda, não é mesmo? E quando pensamos nessa "profissão", rapidamente visualizamos pessoas jovens mostrando seu dia a dia ou vendendo produtos em postagens do Instagram, ou do TikTok.
Mas vale a pena saber que não necessariamente os influenciadores surgiram com a internet. Antes das mídias sociais, homens e mulheres conhecidos na história estava na moda e eram capazes de influenciar a opinião de muita gente, sendo copiados de muitas formas. Por isso, esses personagens poderiam ser considerados, talvez, os primeiros influencers do mundo.
A Rainha Elizabeth I escapou por pouco da morte: em 1563, ela contraiu varíola e por pouco não partiu dessa para a melhor. Ao sobreviver, ela ficou com cicatrizes no corpo todo. Por conta disso, ela começou a difundir uma tendência que segue até hoje: a ideia de usar maquiagem para cobrir manchas e outras falhas no rosto.
Ela fez isso preparando uma mistura de chumbo e vinagre que criou com uma pasta branca, e que era aplicada regularmente no seu rosto. Embora a rainha fizesse isso por conta das cicatrizes, não demorou para que muitas mulheres passassem a copiá-la.
A tendência se tornou tão forte que se espalhou entre as diferentes classes sociais. Dessa forma, ter um rosto perfeitamente branco passou a simbolizar juventude e riqueza – e o fascínio pela maquiagem só cresceu desde então.
Giuseppe Garibaldi foi um general e guerrilheiro italiano, que ficou muito conhecido no Brasil por conta de sua participação em conflitos na Europa e aqui na América do Sul. Pode parecer difícil de acreditar, mas esse militar teve grande influência na... moda.
É verdade. Ao comandar seu pequeno exército, ele equipou os soldados com camisetas vermelhas largas ao invés de um uniforme (que, na verdade, eles não tinham). Como o general era muito admirado, as pessoas começaram a adorar as camisas vermelhas que seus homens usavam enquanto lutavam tão bravamente.
Por consequência, as mulheres na Itália começaram a vestir essas mesmas camisas vermelhas para demonstrar apoio à sua causa. E isso fez que a “camisa Garibaldi” logo se difundisse e, anos depois, se tornasse frequente nas revistas de moda.
O Rei francês Luís XIV difundiu uma moda: o uso de perucas estilosas. Isso porque ele mesmo tinha, no alto de sua cabeça, uma verdade juba de fios negros que logo se tornou o novo padrão de beleza para os membros da família real em toda a Europa.
Muitos aristocratas europeus resolveram copiar o estilo do rei francês. Só que nem todos eles tinham cachos grossos, e muitos estavam ficando calvos. Isso fez com que as perucas se tornassem a moda para os homens de alta classe.
O Rei Carlos II da Grã-Bretanha, por exemplo, começou a usar uma peruca a partir de 1663 para esconder o seu cabelo grisalho. O mais engraçado é que, a partir de 1673, o próprio Luís XIV começou a perder seus cabelos e precisou, ele mesmo, usar cabelos artificiais.
Em 1888, um homem chamado William Dorsey Swann organizou um baile drag na cidade de Washington. Ele já organizava esse tipo de evento há muito tempo, mas aquele em específico foi invadido pela polícia. Consequentemente, os convidados fugiram, mas Swann ficou para trás, foi preso e autuado.
Como os jornais cobriram toda a história, ele ficou conhecido como drag queen – e foi a primeira vez que esse termo foi usado publicamente. Swann se tornou uma celebridade que organizava bailes sem nenhum tipo de vergonha. Por isso, talvez-se possa-se dizer que Swann foi o primeiro influenciador LGBTQIA+ conhecido na cultura gay.