Estilo de vida
25/06/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 25/06/2024 às 14:00
Mesmo em períodos de crise financeira, um mercado que sempre permanece em alta é o de produtos cosméticos. No século XXI, as vendas de produtos de beleza permanecem em alta o tempo todo, indicando que permanecer bonito e jovem está no topo da lista de desejos de cidadãos do mundo inteiro — sobretudo no período de festas ao fim do ano.
Mas como os antigos lidavam com essa obsessão estética que a população mundial parece ter adquirido com o tempo? No passado, a busca pela juventude eterna e superficial era mais direta, mas poderia envolver algumas práticas até mesmo repulsivas.
Nos tempos antigos, um dos produtos mais socialmente aceitáveis para a renovação da beleza era o leite, considerado um dos pilares do Egito Antigo. De acordo com lendas, Cleópatra usava o leite de 700 jumentas no lugar da água na hora do seu banho. Também era comum que mulheres romanas pensassem que o leite de burro embranquecia a pele a tornava mais macia.
Isso acontecia porque o leite estava ligado ao sentido de nascimento, à nova vida e ao sustento, tornando-se uma boa ferramenta para a juventude. Contudo, isso era o menos bizarro que acontecia naquela época. Para mulheres do período medieval, gorduras de animais, sobretudo a de porco, era uma escolha popular de "máscara facial" para restaurar o brilho da pele.
No final dos anos 1800, por sua vez, médicos criaram preenchimentos dérmicos que envolviam aplicar óleos minerais (vaselina) e parafina para corrigir defeitos da pele. A popularidade do procedimento caiu na década de 1920, quando a duquesa de Marlborough, Gladys Deacon, foi terrivelmente desfigurada por uma injeção de cera quente no nariz.
Se leite, gordura e cera não chamaram a sua atenção, fique tranquilo que a lista ainda não acabou. Os antigos sabonetes romanos usavam a urina como seu principal ingrediente ativo clareador. Essa urina era coletada em latrinas públicas ou mictórios. Seu uso mais nojento provavelmente foi como branqueador de dentes, uma vez que os romanos acreditavam que isso interromperia o processo de envelhecimento dentário e evitaria cáries.
Lendas também contam que a condessa húngara do século XVI, Elizabeth Báthory — conhecida como "Condessa do Sangue" — banhava-se no sangue de virgens para preservar sua juventude e beleza. Médicos antigos também afirmavam que o sangue de gladiadores e virgens possuíam propriedades medicinais, o que nunca foi de fato comprovado pela ciência.
E falando em fonte de vida, outra substância era comumente usada como produto estético: o sêmen. Diversos médicos gregos e romanos levantaram a hipótese que o sêmen atuava como sangue concentrado, tornando-o uma emissão especialmente potente para a preservação da vida. Historiadores também afirmam que os chineses usaram durante séculos o sêmen de humanos para tratamentos faciais para evitar o envelhecimento. Para a nossa sorte, a sociedade evoluiu para seguir caminhos menos esquisitos.