Esportes
04/09/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 04/09/2024 às 12:00
Você pode até ser um grande amante de café, mas até quanto você estaria disposto a gastar para saciar sua sede de cafeína? Recentemente, uma mistura panamenha chamada Elida Geisha Natural Torre foi vendida em um leilão por incríveis US$ 10.013 o quilo — o que lhe rendeu o título de "café mais caro do mundo".
O lote foi vendido para vários compradores em vez de um único indivíduo. Nas redes sociais, os inventores da mistura anunciaram que seu produto seria enviado para uma seleção de empresas de café premiadas ao redor do mundo, incluindo Saza Coffee (Japão), Grand Cru Coffee (Austrália), Paradise Coffee Roasters (Havaí) e Ruliweb (China).
A existência de cafés com preço elevado não é exatamente uma novidade no mercado. Uma mistura indonésia chamada Kopi Luwak, produzida a partir de cerejas de café que foram comidas, parcialmente digeridas e excretadas por civetas-das-palmeiras asiáticas, por exemplo, pode ser vendida por US$ 1.200 por quilo. Já o Black Ivory, do norte da Tailândia, é ainda mais caro: US$ 2.500 por quilo.
O último é produzido com a ajuda de elefantes asiáticos, cujas enzimas digestivas quebram as proteínas dos grãos de café, produzindo um sabor complexo de cacau, tabaco, cereja vermelha e grama — algo que promete ser muito mais gostoso do que realmente parece ser.
Agora, uma nova mistura panamenha superou os dois em preço de mercado. O Elida Geisha Natural Torre, fabricado pela Lamastus Family Estate, quebrou todos os recordes ao ter um lote vendido por US$ 10 mil o quilo. A empresa criadora ficou em primeiro lugar no segmento "café" do The Best of Panamá em 2018, 2019 e agora em 2024.
Fundada em 1918 por Kentucky Robert Lamastus, a Lamastus Family Estate hoje é composta por três fazendas localizadas nas encostas do Monte Baru, um estratovulcão ativo e também a montanha mais alta do Panamá. As fazendas ficam entre 1.600 a 2.500 metros acima do nível do mar — proporcionando o clima ideal para o cultivo de café.
Ao contrário de seus maiores concorrentes, o Elida Geisha não envolve animais em seu desenvolvimento. De acordo com a empresa, o café é feito de grãos Geisha, colhidos de suas árvores e imediatamente armazenados em recipientes herméticos, onde permanecerão por cinco dias.
Os grãos, então, são secos por um período mais longo do que na maioria das fazendas de café, permanecendo assim por até 40 dias para realçar suas notas intensas de cereja, capim-limão e pêssego. Assim como a Tailândia e a Indonésia, o Panamá é conhecido por produzir alguns dos cafés de mais alta qualidade do planeta. Segundo dados da International Trade Administration, o país exporta mais de 50 mil sacas de 60 kg de café por ano e sua indústria de turismo oferece passeios guiados por fazendas de café.