Esportes
02/11/2024 às 06:00•2 min de leituraAtualizado em 02/11/2024 às 06:00
Você já se perguntou o que faria se tivesse ganhado a Mega da Virada no ano passado? Com um prêmio de R$ 570,9 milhões, você teria, aplicando apenas na poupança, um rendimento mensal acima de R$ 3,2 milhões. Isso parece um sonho? Pode ser, mas muitas vezes pode se transformar em um pesadelo se a bufunfa não for administrada de maneira correta. Veja alguns exemplos desastrosos.
Em 1990, o casal americano Alex e Rhoda Toth, optou por receber o prêmio que ganhou na loteria da Flórida de US$ 13 milhões (R$ 74 milhões) em parcelas anuais de US$ 666 mil por 20 anos. Mas gastaram tanto, que tiveram que adiantar o pagamento de algumas das parcelas, pagando juros. Segundo o Estadão, Alex morreu em 2008 e Rhoda foi presa por dois anos e multada em US$ 1,1 milhão pela receita federal dos EUA.
A Associated Press conta a história de Suzanne Mullins que ganhou, em 1993, o equivalente a US$ 9 milhões (R$ 51 milhões). Depois de dividir os ganhos com o marido e a filha, ficou com US$ 47 mil por ano, mas acabou perdendo tudo, depois de pagar as contas médicas do genro. Em outro caso bizarro, relatado pelo The Washington Post, William Post ganhou US$ 16,2 milhões (R$ 92,5 milhões) e seu irmão contratou um assassino para matá-lo.
Procurando dicas úteis do que fazer e, principalmente, do que não fazer depois de ganhar na loteria, o site Grunge entrevistou o analista-chefe de crédito da fintech Lending Tree, Matt Schulz. Ele deu somente duas dicas: busque consultoria financeira confiável e não conte nada a ninguém.
É compreensível que, quando ganha na loteria, tudo o que você mais quer é contar para todo mundo, principalmente para os inimigos. Mas a verdade é que nem para os conhecidos você deveria contar. Nas redes sociais então, nem pensar.
Como analista de crédito, Schultz é categórico: "Você definitivamente, definitivamente, definitivamente não deve contar a todos. Nada traz mais à tona os fraudadores e canalhas como os ganhos da loteria".
Por isso, alerta Schultz, você deve ficar de boca calada, e, se absolutamente necessário, conte à menor quantidade de pessoas possível, como sua família imediata (com parcimônia) e amigos e parentes mais próximos. Mas jamais ao carinha do boteco, ou àquele primo que vive pedindo para você parcelar as compras dele no cartão.
Tão importante quanto manter a boca fechada, diz Schultz, é ter um consultor financeiro competente e, de preferência, pago pelo serviço e não por comissão. O ganhador que, na maioria das vezes, já foi pobre a vida inteira, pode nesse caso dedicar um tempinho para escolher bem e não contratar o primeiro consultor que aparecer.
A ideia é que ele tenha experiência com "clientes de alto patrimônio líquido", e você ainda contrate de quebra um bom advogado também. Ah, e uma boa dica, segundo Schultz, é mudar seu número de telefone e endereço de e-mail.