Bodybuilder morre por excesso de shakes de proteína

18/08/2017 às 11:432 min de leitura

Nesta semana, chamou atenção a trágica morte de uma australiana de 25 anos que tinha uma vida aparentemente saudável: Meegan Hefford, mãe de duas crianças, foi encontrada desacordada em seu apartamento e levada rapidamente ao hospital, onde ela acabou tendo morte cerebral. Segundo os médicos, Meegan veio a óbito depois de um consumo elevado de shakes proteicos e alimentos ricos em proteína.

Os profissionais explicaram que a fisiculturista desenvolveu o raro distúrbio do ciclo da ureia. Para saber como isso se sucede, é preciso compreender o caminho do alimento da boca até a eliminação. As proteínas são quebradas pelo corpo para se tornarem aminoácidos, que são absorvidos pelo corpo por seu valor nutricional.

Quando existe um excesso de aminoácidos em nosso sangue, nosso corpo os transforma em nitrogênio, que acabam se tornando ureia no processo conhecido por “ciclo da ureia”. Assim, o que não é usado é eliminado em nossa urina. Quando existe algum distúrbio nesse ciclo, o nitrogênio não é transformado em ureia e vai se acumulando no corpo. Ele vira amônia, uma substância altamente tóxica, que pode levar à morte cerebral se estiver em excesso em nosso organismo – algo que provavelmente ocorreu com Meegan.

undefinedMeegan participava de competições de fisiculturismo e levava uma vida saudável

A fisiculturista tinha esse problema desde que o nascimento, por conta da herança genética. Normalmente, quando um bebê nasce com um distúrbio severo do ciclo da ureia, os primeiros sintomas aparecem em até 24 horas. Isso é manifestado por falta de ar, problemas respiratórios, convulsões e coma!

No caso de Meegan, é provável que ela tivesse um distúrbio mais leve, que demora anos para apresentar algum sintoma. Isso acontece depois de um elevado consumo de proteínas ou por conta de outros fatores, como estresse e alguns tipos de vírus. Como Meegan vivia treinando e cuidando do corpo, foram os próprios nutrientes que a levaram à morte.

Esse distúrbio não tem cura, mas pode ser controlado com uma dieta com menor quantidade de proteínas e com medicação capaz de neutralizar a amônia em nosso corpo. Casos mais graves podem necessitar de transplante de fígado, mas essa é uma condição ainda mais rara.

undefinedFisiculturista compartilhava sua rotina de exercícios nas redes sociais

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