Ciência
15/04/2019 às 02:00•1 min de leitura
Um homem de 52 anos teve uma parte do seu pênis amputada após fazer um tratamento para uma ereção que durava mais de 48 horas na Índia. Para aliviar a pressão e diminuir o inchaço, a equipe de um centro médico da cidade de Deli fez um corte na glande com um bisturi. Depois, inseriu um cateter e aplicou um curativo.
No entanto, de acordo com um artigo publicado na revista científica BMJ Case Reports, a glande do homem começou a ficar escura no dia seguinte. Eventualmente, ele teve que ser levado para o departamento de urologia da King George's Medical University para ser examinado pela segunda vez e ganhar um novo tratamento.
Primeiro, os médicos removeram o cateter que havia sido previamente inserido. Depois, inseriram outro cateter com a ajuda de uma cirurgia no abdômen, para drenar a bexiga e diminuir o risco de infecções. No artigo, os profissionais salientam que não entenderam por que um procedimento desse tipo não foi realizado antes.
(Lisa Fotios/Pexels)
Ainda assim, o tecido continuou a morrer por falta de irrigação sanguínea. “Mesmo com os nossos esforços, a glande escureceu um pouco mais no dia seguinte”, escreveu o médico Saqib Mehdi em um relatório sobre o caso. “Em determinado momento, uma linha passou a separá-la claramente do eixo do pênis”.
Para interromper de vez a gangrena, a equipe médica decidiu amputar a glande. Os profissionais envolvidos acreditam que o procedimento só foi necessário por conta do tratamento inicial. “Vários fatores, como cateter uretral, curativos apertados e infecções locais, podem causar gangrena peniana”, explicaram. “Com o nosso paciente foi exatamente o que aconteceu”.
Depois da cirurgia, o homem se recuperou rapidamente e foi liberado do hospital em 48 horas. Três semanas mais tarde, ele voltou para que a equipe médica pudesse checar se estava tudo certo e o pênis parecia estar cicatrizando de acordo com o esperado. Até agora, os médicos não sabem o que causou a ereção de dois dias.