Estilo de vida
04/03/2022 às 12:00•2 min de leitura
Muita gente que pensa em se tornar vegetariano ou vegano têm receio de que a nova dieta seja menos rica em proteínas, que provêm principalmente da carne, do leite e dos ovos. Mas o que nem sempre se sabe é que isso é uma ilusão, pois há uma espécie de “preconceito” envolvendo as proteínas vindas de vegetais.
O fato é que as proteínas vegetais, segundo constatado por pesquisas, são mais saudáveis do que aquelas vindas de bifes, por exemplo. Isso não quer dizer que, necessariamente, você deve extinguir a carne vermelha do cardápio (a não ser, claro, que esse seja o seu desejo), mas que você deveria sim considerar reduzir esse tipo de proteína e turbinar os vegetais presentes no seu prato. Neste texto, vamos falar quatro motivos pelos quais você deve pensar mais sobre isso.
(Fonte: Pexels)
A carne sem dúvida tem muitos nutrientes: aminoácidos importantes e vitaminas B5, B6, B7, A e K. Mas se você trocar toda essa proteína animal por uma dieta rica em proteínas vegetais (como nozes, sementes e feijão), não perderá nada. O único porém é a vitamina B12, que a maior parte das plantas não consegue produzir. Você pode complementar essa vitamina consumindo algas comestíveis e cereais fortificados.
Nutricionistas afirmam que as proteínas existentes em plantas são mais saudáveis do que as provindas da carne. Se for comparar 1 quilo de cada uma das proteínas, as de origem vegetal vencem em 2 fatores: têm mais nutrientes em menos calorias e são ricas em fibra.
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Pesquisas compararam consumidores dos dois tipos de proteínas (vegetal e animal), contrapondo também outros fatores relativos à sua vida, como classe socioeconômica, hábitos de exercício e peso. A conclusão foi de que as pessoas com alimentação baseada em plantas tendem a viver mais e com mais saúde, tendo menos câncer e doenças cardiovasculares.
Outra descoberta: as pessoas que comem proteínas vegetais também costumam ir ao médico com mais regularidade e, por isso, recebem cuidados preventivos. É claro que esses dados não são absolutos (nada impede que um vegetariano tenha péssimos hábitos de vida), mas mapeiam uma tendência estatística de comportamento.
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Além da proteína, as carnes também têm muita gordura (é ela que adiciona aquele gosto delicioso ao seu bife), que é deliciosa, mas pode entupir as artérias do seu coração.
Já as proteínas vegetais têm menos gordura saturada e colesterol. E, se você não entende qual é o risco da gordura saturada, aqui vai a explicação: ela é aquela que, em temperatura ambiente, torna-se sólida, contribuindo para as doenças do coração (nesse quesito, só perde em malignidade para a gordura trans) porque aumenta os níveis de colesterol no sangue.
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As carnes vermelhas processadas (como bacon e salsicha) têm propensão a causar câncer — especialmente o colorretal, de pâncreas e de próstata. Esse é um alerta dado por um longo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), que chegou a pontuar que há cerca de 50 mil casos anuais de câncer gerados pelo consumo excessivo de carne.
Não adianta imaginar que a carne grelhada é mais saudável, pois ela tem compostos cancerígenos — como aquelas marcas de carvão que ficam na peça durante um churrasco.
De todo modo, se você é carnívoro, não precisa se apavorar: a recomendação dos nutricionistas visa muito mais o equilíbrio na alimentação, ou seja, a redução do consumo excessivo da carne, do que a total retirada desse alimento da rotina.