Estilo de vida
15/03/2022 às 02:00•2 min de leitura
Quem nunca ouviu a avó ou a mãe dizer: “não pode tomar banho depois do almoço”? Esse é um conselho comum, mas que frequentemente é considerado um mito popular, diferentemente de quando é uma questão com respaldo científico. A verdade é que as mamães e as vovós estavam certas: o banho influencia o sistema nervoso autônomo e, consequentemente, interfere no processo digestivo.
A relação desarmônica entre banho e refeições (principalmente as pesadas) provém do funcionamento do sistema nervoso central, que regula também o sistema digestório. Após as refeições, o organismo prioriza o processo de digestão. Nesta ação natural do corpo, o sistema nervoso autônomo é ativado via sistema nervoso entérico para direcionar a produção de hormônios e volume de sangue para o processo digestivo.
Quando o corpo humano sofre uma mudança de temperatura, o sistema autônomo também é ativado: mas dessa vez, ele prioriza a regulação da temperatura corporal. Então, em vez do organismo priorizar a digestão, o corpo prioriza a regulação da temperatura corporal — e isso não dá certo. É como tentar realizar duas tarefas árduas que exigem atenção ao mesmo tempo: o resultado é desarmônico e provavelmente nenhuma delas será concluída com plena eficiência.
Existe a possibilidade de provocar um choque térmico, dispepsia ou desencadear síncope cardiorrespiratória, fenômeno ocasionado por uma repentina diminuição da circulação sanguínea no cérebro, que pode provocar o desmaio súbito.
Portanto, para evitar qualquer tipo de risco, o indicado é evitar alterações bruscas de temperatura (incluindo o banho) após as refeições. Dessa forma, o seu organismo vai centralizar a circulação sanguínea no processo digestivo e não na regulação da temperatura temporal. O indicado é aguardar no mínimo 30 minutos após a refeição para tomar uma ducha.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências; doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; mestre em Psicologia; mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em antropologia, pós-graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência Aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, filósofo, jornalista, especializado em programação em Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat — La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Europeia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.