Artes/cultura
20/07/2022 às 14:30•2 min de leitura
Quem tem um pouco mais de idade deve ter aprendido, ainda no colégio, sobre as doenças sexualmente transmissíveis, ou simplesmente DSTs. Só que, há alguns anos, deixamos de usar esta sigla e passamos a falar em infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs.
Mas por que isto aconteceu? A compreensão sobre esta mudança tem a ver com a evolução dos tratamentos de saúde nas últimas décadas e sobre a forma que enxergamos estas infecções. Explicaremos as razões neste texto.
(Fonte: Pexels)
A diferença entre as siglas IST e DST está, obviamente, em uma letra apenas. O “D”, que se refere a “doença”, aponta a uma condição médica que gera sintomas no organismo da pessoa que a porta. Já o “I”, de infecção, se refere a pessoas que possuem uma infecção, mas são assintomáticas.
Este pode ser o caso de muitas infecções, como a sífilis e a herpes genital, que antes eram chamadas de DSTs, mas hoje já se sabe que são ISTs, pois as pessoas podem ter o vírus no corpo, mas não necessariamente estarem doentes.
O mesmo vale para o vírus HIV. Nos anos 1980, quando o vírus foi identificado, todas as pessoas que tivessem o vírus detectado eram categorizadas como portadores da AIDS (ou mesmo por termos pejorativos, como “aidético”). Hoje já se sabe que uma pessoa pode viver décadas com o vírus, sob controle por uso de medicamentos, sem nunca desenvolver a doença.
O mesmo vale para outras infecções virais: em muitos casos, é possível viver uma vida plena sem manifestar sintomas da doença, desde que os cuidados com a saúde sejam mantidos com disciplina e afinco.
(Fonte: Unsplash)
Segundo a terminologia usada pela área de saúde, as infecções sexualmente transmissíveis são aquelas causadas por vírus, bactérias ou protozoários e que podem ser passadas para outras pessoas por meio do contato sexual. Por isso, a melhor forma de evitar pegá-las é usar camisinha (masculina e feminina) durante todas as relações.
Algumas ISTs podem ser transmitidas também de mãe para o filho durante a gestação, no parto ou pela amamentação. No caso de uma gestante que possui uma IST, ela precisa ser acompanhada pelos médicos para que possa ter as orientações necessárias de modo a evitar a contaminação da criança.
Dentre os exemplos de ISTs, estão a herpes genital, a gonorreia, a clamídia, o HIV, o HPV, a hepatite B e a sífilis. Vale lembrar que a transmissão destas infecções se dá de outras formas além das sexuais, com o contato entre mucosas com secreções contaminadas e o compartilhamento de agulhas.
O ideal é sempre evitar pegá-las, uma vez que algumas ISTs não têm curas definitivas. As causadas por bactérias podem ser curadas com antibióticos, mas as provocadas por vírus podem ser controladas, mas não curadas. Ou seja, a prevenção, como diz o ditado, segue sendo o melhor remédio.