Ciência
09/09/2022 às 04:00•3 min de leitura
A depressão e outros distúrbios psicológicos têm sido alguns dos maiores problemas contemporâneos quando o assunto são doenças relacionadas à saúde mental. Ainda há muitos tabus acerca desse grave problema, que tem afetado mais e mais pessoas em todo o mundo.
Porém, a depressão é uma condição tratável, que pode ser revertida ou controlada a partir do uso de medicamentos, além do acompanhamento psicoterapêutico - sem contar eventuais necessidades de mudanças comportamentais. Um fato que nem todos conhecem é que não há um único tipo de depressão, pelo contrário.
Por esta razão, queremos abordar os deferentes tipos, as diferenças em seus sintomas e durações. Estima-se que o Brasil tenha 5,8% de sua população afetada pela depressão. Se você se identificar com algum dos sintomas aqui apresentados, não hesite em procurar ajuda especializada. Vamos à lista? Confira.
(Fonte: Pexels)
O transtorno depressivo maior é o tipo mais frequente e conhecido da depressão. Entre os sintomas mais comuns associados a ele estão, além da sensação de humor depressivo a maior parte do tempo:
Um médico pode diagnosticá-lo se você apresentar cinco ou mais destes sintomas por um período igual, ou superior, a duas semanas. Claro que cada pessoa desenvolverá a depressão de uma maneira própria, mas, em geral, entre todos os sintomas, um deve ser humor deprimido ou perda de interesse nas atividades.
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Presente nesta lista, a depressão bipolar é diferente do transtorno bipolar, mas estão interligados. Isso porque o transtorno é recheado de episódios em que o humor varia de extremos de muita euforia para episódios de humor extremamente depressivo, semelhante à depressão unipolar. A esta alternância se dá o nome de "mania".
Curiosamente, o uso de antidepressivos não costumam ser indicados nestes casos, porque não há estudos científicos que comprovem a efetividade do uso destes medicamentos no tratamento da depressão bipolar.
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Entre os tipos de depressão, o transtorno depressivo persistente é a forma considerada crônica, pois sua duração mínima costuma ser de dois anos. Os indivíduos acometidos pela distimia, como também é conhecido o transtorno, ficam predominantemente tristes, desanimados, pessimistas, apáticos, irritados, com pouca energia e dificuldade de concentração. Os quadros mais graves da doença podem levar ao prejuízo da rotina e da qualidade de vida dos pacientes.
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A depressão periparto, também conhecida como pós-parto, atinge mulheres nas semanas e meses após o parto. Os sintomas costumam aparecer nas primeiras semanas após o parto, anda que não seja incomum surgirem durante a própria gestação. Os principais sintomas conhecidos são: extrema tristeza, ansiedade e exaustão.
As mulheres com depressão pós-parto podem ter dificuldades de realizar as atividades de cuidado com o bebê, mas também consigo mesma. A título de curiosidade, 1 a cada 10 homens também costuma ser atingido por esse tipo de depressão.
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É importante não confundir o transtorno disfórico pré-menstrual, conhecida como TDPM, com a TPM. Caracterizada por tristeza, irritabilidade, desejo por isolamento e indisposição, seus sintomas podem até se assemelhar com a tensão pré-menstrual, mas eles são muito mais severos na TDPM.
Assim como a TPM, o transtorno disfórico pré-menstrual ocorre por conta da baixa do estrogênio no organismo feminino. Além da administração de medicamentos antidepressivos, a TDPM pode ser tratada com uso de contraceptivos.
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O transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão maior que ocorre, geralmente, durante os meses que compõem o inverno. A causa para isso é que, durante essa estação, os dias são mais curtos, fazendo com que os indivíduos recebam menos luz solar.
Os sintomas associados a este tipo de depressão são retração social, aumento do sono e ganho de peso. Além do uso de antidepressivos, é como que o tratamento envolva terapia de luz, que consiste em sentar-se em frente a uma caixa de luz especial por 15 a 30 minutos por dia.